Escrito por: Iracema Corso
Lugar de mulher é onde ela quiser. E na manhã do sábado, dia 4 de dezembro, as mulheres de Sergipe foram ao Mercado Municipal de Aracaju para transbordar esperança, lutar por dias melhores sem fome, sem machismo, sem feminicídio e sem Bolsonaro.
Numa ação solidária para ajudar mulheres em condição de vulnerabilidade social, o protesto arrecadou absorventes para doação. A secretária de Formação da Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe) e dirigente do SINDIJOR/SE, Caroline Santos, falou sobre a pobreza menstrual, pois com emprego ou sem emprego, todo mês a mulher menstrua.
“Mulheres, jovens, crianças, homens, todo mundo que trabalha sabe como está difícil viver neste país. Não tá difícil porque Deus quer. O culpado desta miséria que vivemos hoje no Brasil é Bolsonaro. A culpa da miséria, fome, falta de emprego que vivemos hoje não é só da pandemia. Quem está sem nenhuma condição de vida, sem ter o que dar de comer a seus filhos, a sua mãe, precisa saber que a culpa é de Bolsonaro”, afirmou Caroline Santos.
Uma grande roda com cantigas de luta puxadas por Dalva do MOTU e lideranças femininas do MST se formou na Pça do Mercado antes da marcha de mulheres sair pelas ruas do Centro de Aracaju.
Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Brasil, Juneia Batista veio a Sergipe participar do ato Bolsonaro Nunca Mais. “Temos que derrotar o fascismo e enterrar de vez neste País este projeto político que não interessa à população brasileira. Não queremos mais Marieles mortas! Não queremos mais violência na política. Queremos espaço de poder nos sindicatos, nas entidades, ter salário digno e decente. Não queremos ver mais gente na fila do osso. Não queremos mais ver gente morrer por causa desta pandemia e deste pandemônio que está no poder”, declarou Juneia Batista.
Dirigente da FETAM e da CUT Sergipe, Vanessa Ferreira falou sobre o prejuízo que Bolsonaro causa ao Brasil. “É um governo que massacra o serviço público, e não entende que o servidor público é o primeiro acesso da população aos serviços públicos. Ele quer privatizar o SUS que mostrou a sua força e sua importância para o Brasil, não só para a população carente. Pela valorização das mulheres e pela valorização do serviço público, fora Bolsonaro”.
Já no fim da marcha, a vice-presidenta da CUT Sergipe, Ivonia Ferreira, conduziu o ato para as ruas do Calçadão. “As mulheres trabalhadoras do comércio estão em sua jornada de trabalho, mas estamos aqui também para lutar por elas. Por isso companheiras, preparem a garganta porque o carro de som não entra no calçadão, mas nossas vozes ninguém vai calar. Fora Bolsonaro Genocida. Bolsonaro nunca mais!”
Em Aracaju, o ato foi construído por mulheres sergipanas organizadas na Marcha Mundial de Mulheres, CUT, CSP-Conlutas, CTB, UGT, UNE, Fórum de Entidades Negras de Sergipe, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, USES, Conen e Conal-Aju.
O ato Bolsonaro Nunca Mais aconteceu em vários estados brasileiros acesse o site da CUT Brasil e leia mais.
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