MENU

Não podemos aceitar a perpetuação do machismo e da misoginia

Publicado: 06 Dezembro, 2023 - 15h39 | Última modificação: 06 Dezembro, 2023 - 15h56

Escrito por: SINDIJOR/SE e CUT/SE

notice

Hoje, 06 de dezembro é Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres e mesmo ele tendo sido instituído em 2007 (pela Lei nº 11.489/2007) ainda há um longo caminho a percorrer.

O machismo está impregnado em nossa sociedade e ele se manifesta de várias formas. Por isso, foi com extrema indignação e repúdio que a direção do Sindijor/SE teve conhecimento da publicação de um texto com o seguinte título “Tem bebê a bordo numa secretária de pasta estratégica do governo de Fábio Mitidieri”.

Em onze linhas o autor do texto, com o verniz de “preocupação” espalha machismo, misoginia e contribui para que, mais uma vez, as mulheres que são mães (ou pretendam ser), sejam questionadas da sua capacidade profissional por terem engravidado e por exercerem o seu direito à licença maternidade.

Criado em 59 a.C. por Júlio César, a arte do Jornalismo é composta pela ética, cidadania, responsabilidade social e, sobretudo, pelo múltiplo respeito. Passados 2.082 anos do nascimento desta nossa identidade profissional, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (Sindijor/SE), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e a Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe), repudiam quaisquer manifestações - sejam elas profissionais e/ou amadoras -, capazes de minimizar a conquista de espaços e direitos.

Ser profissional e mãe continuará sendo uma tarefa árdua enquanto não questionarmos o sistema que vivemos, pois ele se retroalimenta do machismo, da misoginia, da violência, do racismo.

O Sindicato dos Jornalistas de Sergipe se impõe como entidade sindical para fortalecer a luta em defesa da mulher, independentemente da sua respectiva área de atuação, a fim de colaborar para o fim do assédio moral, sexual, a misoginia ou qualquer outra postura protagonizada por um ser humano autodenominado como pensante.

É fundamental que nós mulheres e homens, jornalistas, nos posicionemos contra ações que reforcem preconceitos.

Machistas, não passarão!