A CUT Sergipe e os sindicatos filiados repudiam veementemente a postura do senador Laércio Oliveira (PP) por seu voto contrário à existência de cotas para pretos, pardos, indígenas, quilombolas e a inclusão dos quilombolas e para pessoas com deficiência nas universidades públicas federais.
Perceber que um senador do Estado, que em 2021 tinha 77% da sua população preta e parda, mas mesmo assim, vota contrário à atualização da lei que oportuniza o acesso dos jovens à universidade pública. Isto é repudiável e deve levar a classe trabalhadora sergipana à reflexão sobre que tipo de parlamentar se quer no Congresso Nacional.
Além de senador, Laércio Oliveira é proprietário de empresa de terceirização de serviços. Assim, o voto contra as cotas demarca seu posicionamento político avesso ao direito à formação superior para a parcela da população de Sergipe que historicamente sempre esteve à margem da oportunidade de acesso aos melhores empregos que dependem da formação universitária.
O senador Laércio tem discurso a favor da ‘modernidade’, mas sua prática revela um político nordestino conservador e do passado. Como muitos outros políticos do retrocesso, Laércio não aceita as mudanças sociais no Brasil que só a educação propicia às famílias das trabalhadoras e trabalhadores.
Inclusive, essa não é a primeira vez que o senador vota contrário a algo que beneficia à classe trabalhadora. Ainda como deputado federal, Laércio, que é empresário e apoiador ferrenho de Bolsonaro, votou a favor do Teto de Gastos, da Reforma Trabalhista, da Reforma da Previdência, é favorável à Reforma Administrativa, também votou a favor do Marco Temporal, que ataca gravemente os povos indígenas e o meio ambiente.
Isso sem contar que, por motivos óbvios, ele foi o responsável pelo desarquivamento e fez lobby para que a lei da terceirização sem limite fosse aprovada.
Ou seja, se o assunto no Congresso Nacional é manter ou ampliar direitos da classe trabalhadora, pode contar que Laércio votará contra.