Escrito por: Caroline Rejane
Atos pelo impeachment do presidente genocida ocorrerem em centenas de cidades
Nem o tempo fechado, nem a chuva impediram que mais de seis mil pessoas saíssem nas ruas de Aracaju com o grito Fora Bolsonaro na garganta. O trajeto deste terceiro ato saiu da praça da Bandeira e foi até o Terminal do DIA.
Mulheres, homens, jovens, idosos, da capital e do interior. Todes, todas e todos em centenas de cidades brasileiras estiveram nas ruas neste sábado, dia 03, no terceiro ato (os primeiros nos dias 29 de maio e 19 de junho), exigindo o impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido).
O povo sergipano também esteve nas ruas pelo auxílio emergencial de R$ 600, vacina para todes, todas e todos, mais investimentos no SUS, na Educação, no emprego, contra as privatizações e contra a reforma administrativa.
“Estamos nas ruas, tomando todos os cuidados porque situação da classe trabalhadora brasileira é muito difícil, quem ainda tem emprego vive com medo de perdê-lo, servidores públicos e a população em geral sendo ameaçados com a reforma administrativa, voltamos a fazer parte do mapa da fome e isso não é somente consequência da pandemia, mas sim desse governo que quer nos destruir”, afirma Roberto Silva dos Santos, presidente da Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT/SE).
Os mais de 520 mil mortos também foram lembrados durante o ato e também as denúncias de corrupção envolvendo a compra das vacinas. “Em um cenário de mais de 520 mil mortes, descobre-se que a vida dos brasileiros e brasileiras só vale, para o presidente e seu governo, apenas um dólar. Temos hoje um presidente pior que o vírus, por isso Bolsonaro e seu governo têm que cair agora”, afirmou a professora Ivonete Cruz, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica de Sergipe (SINTESE).
O Sindicato dos Trabalhadores da Previdência Social de Sergipe (SINDIPREV) alertou sobre os prejuízos que a reforma administrativa trará ao povo brasileiro. “Querem convencer o povo de que a reforma administrativa é bom para o Brasil, mas escondem que se ela passar, o serviço público irá acabar e o povo que vai sofrer”, afirma Joaquim Antônio, coordenador geral do SINDIPREV.
Convocadas pela CUT, em conjunto com outras centrais e movimentos sociais, as manifestações têm como objetivo pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) para que encaminhe os pedidos que estão na casa legislativa para retirada de Bolsonaro da Presidência do Brasil. Na última quarta, 30, um superpedido de impeachment foi protocolado na Câmara dos Deputados. Os escândalos da compra da vacina Covaxin e a cobrança de propina para compra da AstraZeneca, somadas à morte de mais de 520 mil pessoas no Brasil, de uma doença que tem vacina desde o final do ano de 2020, são suficientes para o presidente da Câmara dar prosseguimento ao impeachment.
A luta e resistência do povo brasileiro contra o governo Bolsonaro foram reafirmadas pela presidenta da Federação dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Sergipe (FETAM/SE), Itanamara Guedes. “Não podemos aceitar esse governo que nos mata. Bolsonaro e sua família devem responder pelos crimes que cometeram! Estamos aqui porque nos importamos com a vida das gerações futuras. O povo brasileiro não vai descansar enquanto Bolsonaro não cair”.
A luta contra a privatização dos Correios e a reivindicação de vacina para a categoria também esteve nas ruas neste sábado. O SINTEC/SE lembrou que mais de 400 trabalhadores e trabalhadoras dos Correios perderam a vida para Covid-19 e mesmo o serviço sendo considerado essencial a categoria não foi incluída no Plano Nacional de Imunização.
“Todos estamos preparados e dispostos para a luta em defesa da vida, por vacina no braço e comida no prato e nessa luta uma coisa é certa, enquanto Bolsonaro não cair, o povo brasileiro não sairá das ruas”, finaliza Roberto.