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O roteiro do escritor Jorge Amado em Sergipe e suas estadias em Estância

QUINTA: Live de 28/MAIO

Publicado: 21 Maio, 2020 - 20h18 | Última modificação: 25 Maio, 2020 - 08h00

Escrito por: Centro de Estudos Karl Marx

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Debater a presença do escritor Jorge Amado em Sergipe e suas estadias na cidade de Estância, é ir além da literatura, é um reconhecimento por tudo que ele fez com muito carinho pela nossa terra.

É impossível citar alguém que tenha sido mais generoso com Estância do que Jorge Amado.

Ele colocou no mapa mundial a cidade dos artistas plástico Zé de Dome e Felix Mendes, do poeta Constantino de Sousa, do Jurista Gumercindo Bessa, da escritora Alina Paim, do guerrilheiro da VAR Palmares, José Carlos, do Jornalista Augusto Gomes (um dos idealizadores do Asilo Santo Antônio) etc.

Apesar de ter escrito parte dos livros “Capitães da Areia” e “Mar Morto” quando esteve em Estância, são nas obras: “Teresa Batista Cansada de Guerra” e Tiêta do Agreste, sem esquecer de “Gabriela” que ele imortaliza os seus amigos estancianos colocando-os como personagens, alguns com nome de batismo.

Em outras obras Estância aparece, mas nessas duas eu acho que aparece mais.

Além de transportar Estância para os seus livros em verso e prosa, ajudou na construção da biblioteca pública municipal Monsenhor Silveira, do Lactário, que foi importantíssimo no combate à mortalidade infantil, na fundação de jornal, divulgação da culinária, das praias etc.

Em maio de 1948 Jorge Amado que era deputado federal por São Paulo (com a maior votação do estado) teve o mandato cassado em decorrência da ditadura Getúlio Vargas, o PCB (Partido Comunista Brasileiro) cai na ilegalidade.

Uma curiosidade que merece registro, Jorge Amado era companheiro de partido da escritora estanciana Alina Paim (PCB).

Jorge Amado não nasceu em Estância, mas o seu pai João Amado de Faria sim, e ninguém melhor do que o médico Paulo Amado, membro das Academias Sergipana de Medicina e Estanciana de Letras, ele que é uma conta do rosário da família Amado para contribuir com o debate sobre o ilustre parente.

Outro que vai contribuir com o debate será o poeta, intelectual e ex-Secretário da Cultura de Estância, Miguel Viana, que é sem dúvida, um arquivo vivo da memória estanciana.

O filósofo Romero Venâncio, professor da Universidade Federal de Sergipe, estará também no debate. O Professor Dr. Romero vai além da filosofia, ele é também um profundo estudioso do cinema e da literatura, com forte influência nos movimentos culturais, sindicais e sociais.

A quarta debatedora será Mírian Guimarães, Secretária Adjunta de Turismo da cidade de Estância. Ela apresentou um belíssimo trabalho de conclusão de curso, sobre o roteiro de Jorge Amado em Sergipe, que inclusive foi publicado pela Editora Viseu.

A ideia é fazer uma segunda rodada e convidar o Advogado Rui Nascimento, filho do amigo-irmão de Jorge Amado João Nascimento Filho, e Celina Montalvão, irmã de Rui Nascimento, ela que ainda garota conviveu com a presença do escritor em sua casa.

Rui publicou uma obra em 2007 (está na terceira edição) intitulada “Jorge Amado – Uma Cortina que se Abre”, com prefácio de Paloma Amado, filha de Jorge Amado e Zélia Gatai, onde ele relata o dia a dia de Jorge em Estância, na casa de seus pais e na famosa Papelaria Modelo, uma espécie de clube dos intelectuais.

Em tempo: durante uma live no último sábado eu cometi um equivoco ao afirmar que Jorge Amado não havia se tornado um imortal da Academia Brasileira de Letras, quando na verdade que queria dizer que ele não recebeu o Prêmio Nobel de Literatura.

Agora é só aguardar!


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