Oficinas das Brigadas Digitais da CUT fortalecem mobilização nas redes sociais
Novas Brigadas digitais estão sendo criadas em Sergipe como fruto das oficinas promovidas em novembro e dezembro
Publicado: 13 Janeiro, 2022 - 10h16 | Última modificação: 13 Janeiro, 2022 - 11h27
Escrito por: Iracema Corso
As Oficinas das Brigadas Digitais da CUT direcionadas a trabalhadoras e trabalhadores de Sergipe serviram para resolver dúvidas e melhorar a interação, bem como o engajamento através das redes sociais mais usadas na atualidade: o instagram, facebook, whatsaap, twitter e o tik tok.
Ministradas pela jornalista Caroline Santos, secretária de Formação da Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe) e assessora de comunicação do SINTESE (Professores), as oficinas aconteceram em novembro e dezembro de 2021.
“Foram semanas de muita troca de experiências e aprendizados. Espero que os companheiros e companheiras que participaram das oficinas tenham percebido que nós, lutadores da classe trabalhadora, também temos que ocupar espaços nas redes sociais, não podemos deixar que elas sejam campo somente para os fascistas, negacionistas. É preciso que façamos o contraponto e para isso é necessário saber usar as redes sociais também para a luta. Da mesma forma que mobilizamos para as lutas nas ruas, é também preciso mobilizar nas redes sociais”, alertou Caroline Rejane.
A partir dos ensinamentos do curso, a dirigente sindical da CUT/SE e do SINDOMESTICO, Quitéria Santos, já criou sua própria Brigada Digital. Na primeira reunião com trabalhadoras domésticas, Quitéria falou sobre os riscos que as Fake News podem causar.
“Expliquei a necessidade de conferir se o conteúdo é verdadeiro para só depois compartilhar pelo whatsaap ou outra rede social. Temos que pensar nas consequências que uma mentira pode causar”, afirmou Quitéria.
A dirigente sindical contou a história do linchamento e assassinato da dona de casa Fabiane Maria de Jesus de apenas 33 anos, praticados por vizinhos e moradores do Guarujá/SP, em 2014, após a divulgação de uma falsa notícia de racismo religioso identificando a vítima como uma sequestradora e agressora de crianças.
“A informação compartilhada em massa era uma Fake News e isso levou ao assassinato cruel de uma mulher. É muito importante estarmos atentos à possibilidade de manipulação nas redes sociais. Foi assim que esse monstro foi eleito presidente e agora quer manipular todo mundo para que não vacinem seus filhos. Veja onde a manipulação é capaz de chegar”, alertou Quitéria.
A secretária da Mulher da CUT/SE, Cláudia Oliveira, participou de todas as oficinas e também montou sua própria Brigada Digital.
“As ferramentas das redes sociais como Instagran, Tik tok, Facebook e Whatsaap vão cada vez mais melhorando e facilitando a possibilidade de edição das mídias. É interessante porque você pode se identificar com uma rede social ou outra. E a partir das redes sociais podemos divulgar as notícias, artigos, ações importantes sobre o que está acontecendo no mundo, no Brasil e no nosso bairro. É fundamental que a CUT realize mais edições destes cursos para atingir mais dirigentes sindicais e a população. É fundamental aprender a atuar nas redes sociais”, avaliou Cláudia.
A professora Caroline Santos enfatizou que o projeto Brigadas Digitais não se encerra com as oficinas. “É um exercício diário. Quem perdeu as oficinas de 2021 provavelmente vai poder participar da próxima edição da formação em 2022, em data por definir”.