OPINIÃO - CUT na luta: governador, revogue o desconto de 14% dos aposentados
Publicado: 26 Janeiro, 2021 - 16h06 | Última modificação: 26 Janeiro, 2021 - 16h16
Escrito por: Quitéria Santos (Dirigente da CUT/SE)
Participei do Ato das Aposentadas e Aposentados no Palácio dos Despachos na segunda-feira, dia 25 de janeiro, e ao lado dos professores aposentados, carreguei cruzes, flores e velas para pedir ao Governador Belivaldo Chagas o fim desta política de morte, o fim do desconto de 14% do salário dos aposentados.
Senhor governador, essa medida atinge não só a categoria dos professores, mas outras categorias de trabalhadoras como as diaristas e as trabalhadoras domésticas que trabalham nas casas destas servidoras aposentadas.
Já tivemos um ano de muito sofrimento, fome e desemprego em 2020. Nem todos receberam o auxílio emergencial no ano passado. Muitas diaristas e trabalhadoras domesticas ficaram dependendo de parentes para sobreviver.
A redução salarial dos servidores públicos afeta as trabalhadoras domésticas. Neste ano 2021, ainda tem Covid-19, mas não tem mais auxílio emergencial. As diaristas precisam trabalhar. As trabalhadoras domésticas estão desempregadas. E trabalhadora doméstica também tem família, filho, conta pra pagar, compromissos...
Sou vice-presidenta do Sindoméstica/Se, dirigente da CUT/Se e participo do ato e da luta dos trabalhadores aposentados porque não acho justo que a pessoa trabalhe e lute a vida toda para ser atacada na hora de se aposentar. Tirar este valor do aposentado é praticamente trair o idoso que trabalhou e lutou a vida inteira para ter esse direito.
O valor da aposentadoria não é um presente dado pelo estado aos aposentados. Nós, trabalhadoras, mensalmente já contribuímos com a previdência. Por isso não é possível retirar 14% da aposentadoria todo mês e achar que isso está certo.
É a mesma coisa que você abrir uma poupança, todo mês depositar um valor e quando chegar a hora de receber este valor, o governo decide que o aposentado tem que receber menos 14%. Isso é mais que uma crueldade.