Opinião: SINDICATO NÃO É PARTIDO POLÍTICO
Publicado: 26 Julho, 2019 - 17h44 | Última modificação: 26 Julho, 2019 - 17h48
Escrito por: Paschoali Concórdia Neto (Presidente do ITASIND)

Como estou começando agora na atividade de dirigente sindical, reconheço que ainda tenho muito o que aprender, e esse é o mesmo entendimento que tem o vice-presidente do ITASIND, o companheiro Jamessom.
Uma das coisas que aprendemos desde o primeiro contato com a CUT – Central Única dos Trabalhadores – foi que não devemos confundir sindicato com partido político, pois se misturarmos as duas coisas, o resultado será sempre negativo.
Qualquer dirigente sindical pode se filiar a um partido, porém a entidade sindical não deve ter preferência partidária. Uma coisa é a preferência individual de cada dirigente, outra coisa é o sindicato que tem uma base de servidores bastante plural.
Esse aprendizado nos ajudará na condução do ITASIND, que respeitará o seu estatuto que prevê a independência diante dos partidos políticos. Sendo assim, nenhum político influenciará a decisão da entidade. Somente a categoria definirá em assembleia o que o sindicato deve fazer.
Lá na CUT ouvimos também que geralmente os grupos políticos que estão fora do poder tentam usar os sindicatos para fazer oposição às administrações. Por outro lado, quando o sindicato começa a cobrar e dar trabalho, há os administradores que tentam "comprar" os sindicalistas oferecendo cargos. Caso isso venha a acontecer, o dirigente será desligado automaticamente do sindicato. Não dá para agradar a dois senhores ao mesmo tempo, por isso é impossível defender os trabalhadores e ao mesmo tempo agradar os gestores.
O ITASIND estará promovendo em breve um curso de formação para os dirigentes sobre estrutura e concepção sindical. A nossa entidade está vivendo um novo tempo, e em breve os frutos aparecerão, isso se a categoria apoiar as nossas lutas. Não há sindicato forte sem participação dos filiados.