Plenária Estadual da CUT elege delegados para 13º CONCUT
Análise de conjuntura e debates internos reuniram por toda a manhã mais de 120 dirigentes sindicais na sede da CUT em Aracaju
Publicado: 22 Julho, 2019 - 14h01 | Última modificação: 22 Julho, 2019 - 14h03
Escrito por: Iracema Corso
Calorosos debates marcaram a Plenária Estadual da Central Única dos Trabalhadores, na manhã do último sábado, dia 20 de julho. O auditório da central sindical lotou de dirigentes representando várias categorias de trabalhadores do campo e da cidade, da capital e do interior do Estado.
O presidente da CUT/SE, o professor Dudu, avaliou que a plenária foi uma das mais disputadas e mais debatidas nos tempos recentes. “Isso é bom porque educa a militância, tanto a CUT como o PT nasceram do debate, da divergência. Onde tem tese, tem antítese. Se não tem antítese, tem alguma coisa errada. Vimos aqui foi o confronto de ideias e o mais importante é que no final nós geramos uma síntese: o entendimento de que é necessário concluir a unidade da classe trabalhadora para enfrentar os enormes desafios, enfrentar o governo Bolsonaro, e todas as práticas reacionárias do governo de Belivaldo, de Edvaldo Nogueira e da maioria dos prefeitos que negam direitos aos trabalhadores. A CUT não é monolítica, não tem uma única concepção, uma única corrente. Então fico feliz e fiz questão de falar para os neófitos, para os mais jovens que o debate é importante e oxigena a nossa central. Viva a luta da classe trabalhadora”.
A Plenária da CUT/SE contou com a presença de dirigentes do Sintese, Sindisocorro, Sttr Canhoba, Oposição Cumbe, Fetam/Se, Oposição Sttr Aquidabã, Sindiserve Glória, Oposição Fetase, Sindomestico, Sindpastora, Sindiserve Poço Verde, Sindicato dos trabalhadores Rurais de São Cristóvão, Sindimina/Se, Sindacsei/Itabaiana, Sinergia/Se, Sindatran, Oposição Petroleira, Sindlagarto, Sindiserve Canindé, Sindipema, Sindijus, Simpaf, Sindsf, Atitude/Oposição, Sindicom, Sindsluzi, Sttr Lagarto, Sindibrito, Oposição Sintasa, Sindijor e Sinaeroportos, Fittel Dirigentes sindicais que foram fundadores da CUT/SE, a exemplo da ex-deputada Ana Lúcia e o petroleiro Edmilson Araújo, também participaram da plenária e relataram tempos difíceis em que o movimento sindical sofreu bastante opressão. O ex-presidente da CUT Edmilson Araújo chegou a citar o primeiro presidente da CUT/SE, Manoel Dionísio da Cruz e afirmou que ele foi assassinado covardemente numa simulação de assalto.
Edmilson trouxe a memória da central para gerar uma reflexão sobre os problemas atuais enfrentados pelo movimento sindical. “Há uma ausência de formação política e uma ausência de consciência política. É preciso de lucidez sobre o que a gente quer e cada opinião divergente enriquece o debate, fortalece a nossa central. É preciso que sejamos leais e respeitosos entre nós. Façamos debates homéricos sem perder o respeito. A gente precisa tirar a classe trabalhadora deste estado de anestesia, para isso é necessário que haja clareza do que a gente quer e lealdade. Que esta Plenária seja tomada pelo espírito da lealdade”, discursou.
Rumo ao 13º CONCUT
A Plenária estadual elegeu três delegados para representar os trabalhadores de Sergipe no Congresso Nacional da CUT, em Praia Grande, São Paulo, no mês de outubro: Álvaro Luiz da Silva Alves (Sindimina/Se), Jackson Ribeiro (Sindiserve Poço Verde) e Alberto Marques (Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Aquidabã). Os demais sindicatos com mais de 751 filiados – como é o caso do Sintese, Sindijus, Sindipema, Sinditic e Sindisan – elegeram em assembleia os delegados que irão lhe representar no 13º CONCUT.
Formador da Escola Nordeste da CUT Nacional, Jorge Rodrigo Spíndola veio a Sergipe para atuar como facilitador da Plenária Estadual. As propostas apresentadas e que serão discutidas no Congresso Nacional da CUT (13º CONCUT) estão divididas em três eixos: Unidade e Democracia; Financiamento e Sustentabilidade; e Projeto Político Organizativo. “As propostas são fundamentais porque dão um novo rumo para o processo político e organizativo da CUT e o enfrentamento a esta conjuntura política e econômica que a classe trabalhadora vive. Precisamos saber de que forma cada estado propõe soluções e encaminha ações para o desmonte trabalhista e político que o País vem enfrentando”, explicou.