Escrito por: Coletivo Carolina Maria de Jesus de Pesquisa em Jornalismo e Cultura

População recebe 43 rosas vermelhas para lembrar o assassinato de jornalista

Coletivo Carolina de Jesus distribuiu rosas vermelhas no aniversário de morte de 43 anos do assassinato do Vladimir Herzog pela ditadura militar

No final da tarde dessa quinta-feira, 25, o Coletivo Carolina Maria de Jesus de Pesquisa em Jornalismo e Cultura fez um ato simbólico em frente a igreja São Salvador, no Centro de Aracaju. A atividade lembrou os 43 anos da tortura e assassinado do jornalista Vladimir Herzog. O crime contra Herzog ocorreu em 25 de outubro de 1975 e foi cometido pelo Estado brasileiro que vivia sob uma ditadura militar.

“Foi muito importante conversar com as pessoas, contar quem foi Vlado, o porquê ele foi torturado e assassinado pela ditadura militar”, disse a jornalista Kátia Azevedo. Para Aline Braga, jornalista e militante do movimento negro, esse ato é uma forma de luta contra o esquecimento, pela memória, e necessário principalmente nesse momento político onde se tenta relativizar as atrocidades da ditadura militar. “Não podíamos deixar passar essa data, véspera de uma eleição em que um candidato louva torturadores e assassinos, festeja a ditadura militar”, reforçou a jornalista Rebeca Melo. “Enquanto entregávamos a rosa e falávamos de Herzog as pessoas ficaram comovidas, e aí a gente falava: isso pode voltar a acontecer com todos nós se for eleito um governo autoritário”, disse o jornalista Cristian Góes.

Próximo ao ato simbólico das 43 rosas vermelhas para lembrar os 43 anos do assassinato de Vladimir Herzog, outros jornalistas também conversavam com eleitores que estão indecisos ou pretendem votar nulo ou em branco na eleição de domingo. As pessoas paravam na banquinha, tomavam um café e conversavam sobre os perigos de não participar da eleição e deixar que o Brasil seja governado por gente autoritária, violenta e que ataca os direitos dos trabalhadores e à liberdade de expressão.