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Presidente da CUT afirma que Sergipe só tem a perder com venda do Banese

Publicado: 13 Agosto, 2019 - 13h04 | Última modificação: 13 Agosto, 2019 - 13h48

Escrito por: Iracema Corso

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A venda do Banese não é um bom negócio para Sergipe. A afirmação é do presidente da CUT/SE, Rubens Marques, o professor Dudu que assim como outras lideranças sindicais de Sergipe está preocupado com a informação divulgada na mídia sergipana de que o Governo Estadual vai vender ações do Banese.

O professor Dudu alertou que Sergipe só tem a perder com a privatização do Banese. “O governo quer arrecadar R$ 232 milhões com a venda das ações do Banco do Estado de Sergipe. Isso é valor equivalente a apenas 3 meses de lucro faturado pelo Banese. Estamos falando de um banco que detém a folha de pagamento dos servidores estaduais, por sua vez, estes trabalhadores usam o crédito consignado, ou seja, é um empréstimo com risco zero de calote porque já vem descontado no contracheque, por essa e outras razões não existe tempo ruim para o Banese. Ele foi um dos poucos bancos estaduais que conseguiu escapar da onda de privatizações da década de 90, sob a presidência de Fernando Henrique. A saúde financeira do Banese sempre foi boa e esta ação política será um desastre para Sergipe”, enfatizou o presidente da CUT/SE.

Além de considerar que a decisão não é inteligente do ponto de vista da lucratividade, o professor Dudu observa que os efeitos recairão sob toda a população sergipana. “Tem gente que não sabe, mas o Banese tem um papel social importante. É o banco que investe na cultura de Sergipe, para citar apenas uma área de investimento. O Museu da Gente Sergipana é obra do Banese, o São João, o Forró Caju, muitos festejos juninos em todo estado de Sergipe contam com o apoio do Banese, portanto temos uma cadeia de artistas, de trabalhadores do ramo turístico que serão afetados com o fim do fomento à cultura sergipana, algo que resulta do apoio do Banese. Trata-se de mais uma ação do governo Belivaldo, alinhada ao governo desastroso de Jair Bolsonaro que também avança na venda de empresas públicas como é o caso da Petrobrás”, criticou.