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Protesto em Aracaju cobra taxação das grandes fortunas fim da escala 6x1

“Esse Congresso Nacional majoritariamente cumpre a tarefa de defender os ricos e afortunados”, criticou o professor Dudu (CUT-SE)

Publicado: 11 Julho, 2025 - 11h26 | Última modificação: 11 Julho, 2025 - 12h06

Escrito por: Iracema Corso

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A justiça fiscal no Brasil e o fim da escala 6x1 foram o mote do ato público que aconteceu na tarde desta quinta-feira, dia 10 de julho, em Aracaju.

A concentração do protesto foi na Praça General Valadão, no Centro, onde se encontraram sindicatos, a Central Única dos Trabalhadores (CUT-SE), os movimentos sociais, além de mandatos e partidos políticos de esquerda em Sergipe.

Além de Aracaju, o protesto pela taxação das grandes fortunas lotou a Avenida Paulista em São Paulo-SP e também aconteceu em Brasília-DF, Belo Horizonte-MG, Curitiba-PR, Fortaleza-CE, Goiânia–GO, Porto Alegre–RS, Recife-PE, Rio de Janeiro-RJ e São Luís-MA. 

JUSTIÇA FISCAL
Deivid Christian, coordenador geral do SINDIPREV/SE (Sindicato dos Trabalhadores Previdenciários), falou sobre a necessidade de justiça fiscal, pois, no Brasil, os 10% mais pobres pagam 23,4% de sua renda bruta em impostos indiretos, enquanto os 10% mais ricos pagam apenas 8,6% de seus lucros com impostos.

“O imposto é tirado do contracheque do trabalhador, ele é pago quando a gente consome qualquer coisa. Os super-ricos, por sua vez, não pagam nada de imposto. É importante que a gente converse com a população e explique que é o momento da gente ir pra cima e cobrar de quem deve ser cobrado”, observou Deivid Christian.

FIM DA ESCALA 6X1
Dirigente da CUT/SE, o professor Dudu criticou a postura do Congresso Nacional que não coloca para a votação projetos de lei importantes para a maioria da população brasileira e só age em defesa de seus próprios interesses.

“O mundo inteiro já reduziu a jornada de trabalho, mas no Brasil a gente continua com essa jornada escravizante de 6x1. A classe trabalhadora precisa e merece esta vitória. E o projeto de lei está parado no Congresso Nacional. Outro avanço que precisamos conquistar é sobre o IOF. Somente 0,8% da população brasileira vai ser atingida pelo aumento do IOF, que são os super-ricos. Essa não é uma medida que vai prejudicar a classe trabalhadora. Pelo contrário, se os ricos pagarem impostos, a população que ganha até R$ 5 mil ficará isenta de Imposto de Renda. Esse Congresso Nacional majoritariamente cumpre a tarefa de defender os ricos e afortunados”, criticou o professor Dudu.

PLEBISCITO NACIONAL
No ato pela taxação dos super-ricos no Brasil e pelo fim da escala 6x1, o presidente da CUT Sergipe, Roberto Silva, destacou a importância da votação no Plebiscito Nacional que quer ouvir a opinião da população brasileira sobre as seguintes perguntas:

*Você é a favor da redução de jornada sem redução salarial e do fim da escala 6x1?
*Você é a favor de que quem ganhe mais de R$ 50 mil por mês pague mais imposto de renda para que quem recebe até R$ 5 mil por mês não pague?

Para votar, a população de Sergipe pode comparecer das 9h às 16h, à sede da CUT/SE, munida de documento de identidade. A sede da CUT em Sergipe é localizada na Rua Porto da Folha, Nº 1039, Bairro Getúlio Vargas.