Escrito por: Iracema Corso
‘Quem somos nós?’ foi o tema da roda de conversa promovida pela Associação Dialogay na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT/Sergipe), na sexta-feira, dia 14 de março.
Ewertton Nunes e Adriana Lohana apresentaram esquete do Coletivo Teatro de Mala sobre o tema “Quem somos nós?’ que estimulou o compartilhamento de vivências e histórias de luta contra o preconceito à população LGBTQIAPN+. Confira abaixo o significado da sigla que foi um dos pontos discutidos durante a reunião.
A importância de afirmação da identidade sexual foi o assunto discutido na reunião.
O vice-presidente da Associação Dialogay, Wellington Andrade, lembrou que a data de 14 de março remete aos 44 anos de criação do Grupo Dialogay, do qual fez parte sendo um dos fundadores. Pela importância do Dialogay na organização do movimento LGBTQIAPN+ em Sergipe, desde a década de 80, a reunião teve um tom comemorativo com direito a bolo de aniversário.
“Nossa luta é pelo direito de sermos como somos. O mundo impõe que a gente seja um outro personagem e que não tenha direitos na sociedade. Sou exatamente essa pessoa que vive reagindo contra essa negação”, declarou Wellington Andrade.
Segundo Paulo Lira, diretor da CUT/Se e presidente da Associação Dialogay, a roda de conversa é a metodologia adotada para discutir direitos, combater o preconceito social para que a população lgbtqiapn+ possa ser inserida no mercado de trabalho e possa viver com dignidade.
“Queremos lutar por justiça social e direitos para a população lgbtqiapn+ que sofre vários tipos de violência na sociedade em que vivemos. Através da Associação Dialogay, vamos nos unir, dialogar e buscar soluções para questões que enfrentamos no nosso dia-a-dia”, registrou o professor Paulo Lira.
Durante a reunião, o professor Gibaldo Santos criador e coordenador do grupo Axé Kizomba, contou sua história pessoal e desafios enfrentados junto à família e meio social no momento em que decidiu assumir sua identidade sexual.
A Associação Dialogay reforçou que as reuniões com rodas de conversa vão continuar e são abertas a todos, todas e todes interessados em participar.
A população LGBTQIAPN+ do interior de Sergipe é ainda a que mais sofre pressão social por conta do preconceito e da discriminação de maneira mais forte e se manifestou sobre as suas dificuldades com relação a sua identidade de gênero e orientação sexual, sendo que os transgêneros não se sentem compreendidos pela sociedade.