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Realidade do trabalho no campo é discutida em encontro nacional

Publicado: 03 Junho, 2022 - 08h39 | Última modificação: 03 Junho, 2022 - 10h42

Escrito por: Iracema Corso

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O agricultor familiar em Aquidabã, Alberto Marques Santos, participou de uma semana de debates em Brasília com experiência de formação sindical durante o 6º ENAFOR (Encontro Nacional de Formação da CONTAG). O dirigente do Sindicato de Trabalhadores Rurais e Agricultura Familiar de Aquidabã é o representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) na Escola Nordeste Marise Paiva de Moraes. 

Alberto Marques destacou durante o 6º ENAFOR o lançamento da 7ª Marcha das Margaridas e do 4° Festival da Juventude Rural, ambos vão acontecer no ano que vem. "Durante o evento pudemos perceber quanto o trabalhador do campo e da agricultura familiar precisa avançar em formação para chegar nos mais diversos cantos deste País, ajudar de verdade a nossa população rural com o conhecimento para fortalecer a luta por políticas públicas".

Alberto explicou que todo o sofrimento enfrentado por trabalhadores do campo neste momento de falta de incentivo do governo federal foi debatido durante o evento que reuniu lideranças sindicais do campo de todo o Brasil. "Discutimos e apresentamos as experiências nacionais de formação na agricultura familiar, levando em conta a agroecologia e a luta pelo acesso à terra. Fortalecer um projeto político nacional de esquerda é fundamental para que a gente consiga avançar nas políticas públicas em âmbito federal", observou.


Zé de Sá, dirigente do Sindicato de Trabalhadores Rurais e da Agricultura Familiar de Boquim, filiado à CUT/SE, também estava lá junto aos companheiros do SINTRAF-Lagarto. O dirigente sindical reforçou a importância de uma política federal de incentivo à agricultura familiar e ao trabalho no campo.

"O 6º ENAFOR foi uma verdadeira escola de formação, troca de experiência, também tivemos feira de saúde e troca de sementes. Voltamos para Sergipe mais animados, pois o efeito negativo do Governo Bolsonaro na agricultura foi devastador e muitos trabalhadores rurais e da agricultura familiar estão enfrentando dificuldades. Antes, o Governo Federal comprava a nossa safra para a merenda escolar e para distribuir com famílias em situação de vulnerabilidade social. Não existe mais nada disso. A agricultura familiar está desamparada. Acredito que é por isso que o Brasil voltou ao mapa da fome. Chega de retrocesso, precisamos de uma presidente que apoie a agricultura familiar e o trabalhador rural", resumiu Zé de Sá, dirigente sindical em Boquim.

O dirigente sindical Alberto Marques declarou que é preciso pensar e discutir sobre o futuro do trabalho rural por isso enfatizou a importância de eventos de formação e encontros como o ENAFOR, o Festival da Juventude Rural e a Marcha das Margaridas.