Escrito por: Iracema Corso

SÁBADO, 16h: Live de Formação abre programação do Dia Internacional da Mulher

‘Mulheres na luta pela vida! Fora Bolsonaro, vacina para toda a população e auxílio emergencial já!’ é o mote unificado da programação de luta do mês da mulher, organizada pelo Fórum de Mulheres de Sergipe – que reúne militantes do movimento sindical e social de todo Estado, entre os quais, feministas da Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe).

A programação começa neste sábado, dia 6 de março, às 16 horas, com live de formação transmitida a partir do Instagram @forumdemulheresse e se estende até o dia 20 de março.

Secretária da Mulher da CUT Sergipe, Cláudia Oliveira afirmou que neste ano de 2021, o cenário impede presença nas ruas para lutar por direitos para todos e todas, quando a pandemia avassala a população brasileira. "Mas, mesmo assim, estivemos lutando com atos simbólicos, pedimos lockdwon para salvar vidas, costuramos e doamos máscaras, cestas de alimentos para amenizar a dor e o sofrimento de homens e mulheres".

Cláudia também homenageou dirigentes CUTistas. "Queremos lembrar e citar nomes de mulheres que estiveram nas ruas e na luta por direitos, a ex-deputada estadual Ana Lúcia Vieira de Menezes, Ivonia Aparecida Ferreira e a vereadora Ângela Melo, três mulheres que assumiram, até então, a vice-presidência de Central Única dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, que sejam exemplos de força e luta para enfrentar todas as barreiras, e iniciarmos com um 8 de Março cheio de esperança para renovar nossas forças".

Machismo na Pandemia
Para a vice-presidenta da CUT Sergipe, Ivonia Ferreira, o isolamento social causado pela Covid-19 na quarentena tornou mais claro o machismo com aumento da violência doméstica.

“Mulheres estão sendo vítimas de violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial com mais intensidade e frequência neste momento de pandemia. Uma série de fatores como a diminuição da renda familiar, a sobrecarga de trabalhar em casa mais as tarefas domésticas, o aumento da bebida alcoólica, o aumento das tarefas domésticas sem a divisão com o companheiro, são os efeitos do machismo, tudo isso tem aumentado a violência contra a mulher”, observou Ivonia.

A vice-presidenta da CUT Sergipe ainda falou sobre a violência psicológica. “E a violência sofrida pela mulher vai bem além daquela registrada nos boletins de ocorrência, ainda há a violência psicológica, a preocupação, a insegurança, o medo diante da superlotação dos leitos hospitalares, o aumento do número de mortes, o desemprego, o sentimento de impotência diante dos impactos sociais e econômicos desta pandemia no Brasil”.
Joelma Dias, a secretária de Organização e Política Sindical da CUT Sergipe também é a presidenta do Conselho Municipal de Mulheres de Aracaju. Ela destacou as subnotificações quanto ao número de violência doméstica.

“A maior preocupação das mulheres sergipanas hoje é pelo fim da violência contra ela, que haja vacina suficiente para toda população, o quanto antes. Enfim, a preocupação maior é lutar pela vida e pelo retorno imediato do auxílio emergencial. As sergipanas querem garantias efetivadas através de políticas públicas para as mulheres; maior número de projetos com foco no enfrentamento à violência doméstica; igualdade de direitos e participação em diversos espaços sociais”, afirmou Joelma.

Programação
Devido o aumento dos casos de Covid-19 em Sergipe, a programação de luta do mês da mulher foi alterada.

No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, segunda-feira, vai ter ato a partir das 6h da manhã, em frente à Alma Viva.

Às 9h da manhã, haverá uma Audiência Pública, na Câmara de Vereadores de Aracaju com o tema 'Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres’.

O movimento feminista vai distribuir kits de proteção contra a Covid-19: álcool em gel e máscaras no Dia 14/03 (domingo), às 7h30min, panfletagem na feira do bairro Santa Maria.

No dia 20 de março, às 16h, vai ter live político-cultural no youtube.