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Seminário clama por mais solidariedade ao povo Palestino que está sendo exterminado

Publicado: 05 Dezembro, 2023 - 14h00 | Última modificação: 05 Dezembro, 2023 - 14h26

Escrito por: CUT Sergipe

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A ignorância sempre cobra a sua conta. E quanto mais tempo se levar, mais alto o preço a se pagar. Sobre o conflito na Palestina, o preço a se pagar é o atestado de cúmplice silencioso diante do extermínio do povo Palestino.

Com o objetivo de trazer luz ao debate, na última quarta-feira, dia 29 de novembro, a Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe) sediou o Seminário com o tema ‘O imperialismo hoje e a luta pela Palestina livre’, promovido por todas centrais sindicais, pelo Grito dos Excluídos e das Excluídas que reúne o movimento sindical e os movimentos sociais de Sergipe.

Professor Nildo Ouriques (IELA/UFSC) destacou que ato de solidariedade ao povo Palestino que está sendo exterminado deve ser praticado todos os dias enquanto durarem os ataques.

“O Hamas tem braço político, braço armado e braço social que atua muito tempo junto ao povo de Gaza. Não tem nada a ver com uma organização terrorista. Vocês queriam o quê? Que o Hamas aparecesse no seu próprio território distribuindo rosas para os judeus que colonizam e avançam sem parar nos territórios palestinos? Então isso se resolve como? Com uma conversinha? Não, eles estão enfrentando esse problema com a única linguagem que o sionismo entende, que é a linguagem da violência, a um custo enorme para o povo palestino que já vem sofrendo há décadas e décadas”, declarou o professor Ouriques em sua palestra.

O Sheikh Ahmad Bilal (Representante da Comunidade Palestina que vive em Sergipe) apontou que o que acontece na Palestina é um crime contra a humanidade.

“A mentira dos bebês assassinados, usada como propaganda de Guerra inicial deste conflito, causou comoção mesmo sendo uma fake news, mas agora temos mais de 6 mil crianças assassinadas e não há mais comoção. Outro problema é a abordagem da mídia que trata o assunto como se ele tivesse começado no dia 7 de outubro. E todo o horror que vivemos antes? Tivemos um ataque a uma escola com crianças mortas e feridas no dia 8 de abril de 1970. São décadas de massacre que não podem ser esquecidas. Por isso não acredito na trégua de Israel. Vão seguir dizimando famílias na Cisjordânia”, declarou o Sheikh Ahmad Bilal.

Ex-presidente e atual diretor da CUT Sergipe, o professor Dudu destacou que a solidariedade ao povo Palestino vem sendo manifestada em estadios de futebol, antes do início das partidas, para chamar a atenção e protestar contra o extermínio do povo Palestino. No entanto, tais ações de solidariedade não vem encontrando eco na cobertura midiática do conflito.

Dirigente nacional da CUT e secretária de Formação Sindical da CUT/Se, Ivonete Cruz também participou do debate. “Nessa política imperialista de dominação sobre todos os povos conquistados e eliminados, colonizados, de pessoas que são eliminadas da face da Terra pelos povos dominadores, a gente precisa muito da solidariedade e precisamos compreender como avançar numa política de comunicação, porque é muito perversa a forma como a comunicação trabalha o que está acontecendo na Palestina”.

Enquanto professora de História, Ivonete ressaltou a necessidade de mais esclarecimento sobre o tema para que a manifestação de solidariedade internacional se fortaleça e se consolide até a conquista do cessar fogo contra o povo Palestino que vem sendo exterminado a mais de 70 anos.