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Sergipe: 20 dias de greve do INSS e a luta continua

Publicado: 20 Abril, 2022 - 13h15 | Última modificação: 20 Abril, 2022 - 18h28

Escrito por: Iracema Corso

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De 1.100 trabalhadores do INSS que existiam em 2016 no Estado de Sergipe, após o massacre dos governos Temer e Bolsonaro, restaram apenas 190 trabalhadores do INSS para atender à população sergipana. O resultado desta política de desmonte da previdência pública é os servidores sobrecarregados e a população sem assistência.
 
Para mudar esta realidade e na luta por valorização, trabalhadores dos 26 estados brasileiros sustentam uma greve forte por mais de 20 dias. Nesta semana, o SINDIPREV/SE (Sindicato dos Trabalhadores Previdenciários) intensifica a mobilização de sua base. Na segunda-feira houve reunião com a assessoria jurídica do sindicato. No dia 19, aconteceu a Caravana pelos municípios de Capela, Dores e Propriá. Hoje, quarta-feira, dia 20/4, aconteceu doação de sangue no Hemose, às 8h. Após o feriado, o sindicato vai promover no dia 22/4, a sexta-feira cultural com os artistas da base do SINDIPREV/SE e no dia 23/4, haverá orientação previdenciária na Feira de Itabaiana a partir das 7h.
 
Coordenador geral do SINDIPREV/SE, Joaquim Antônio afirma que o apoio de outras categorias à greve é crescente. “Em Sergipe a greve está forte, a adesão é muito grande, mas até agora o diálogo com o governo federal tem sido muito ruim, não avançou em nada. O governo apenas chama uma reunião para marcar outra, sem resultado nenhum, sem avanço concreto e nem a possibilidade de concretizar. Então a gente mantém a greve forte em Sergipe aguardando neste jogo de força para ver se a gente consegue derrotar a intransigência do governo federal e conquistar uma proposta boa”.
 
Os servidores do INSS que estão há 5 anos sem qualquer recomposição salarial já acumulam perdas e desvalorização de 30% na sua remuneração. Mas a luta da categoria é pela reposição de 19,9%. Na semana passada, o governo federal ofereceu míseros 5% de reajuste para todos os servidores federais. A proposta não cobre nem a inflação deste ano, quanto mais o prejuízo acumulado.
 
Sindicatos destacam que não há como sair na greve sem nenhuma conquista no que se refere à necessidade de reestruturação do INSS para que ele volte a atender à demanda de Sergipe e do Brasil.

 
Dirigente do SINDIPREV/SE, Júlio César reforçou que a necessidade de mudar esta realidade de sucateamento do INSS é urgente. “Nos últimos 5 anos, os servidores do INSS, através de suas entidades sindicais, já vinham cobrando soluções e reivindicando melhorias nas condições de trabalho e salários. O governo, até então, não recebia os representantes dos trabalhadores. Os sindicatos só passaram a ser recebidos a partir da deflagração da greve do INSS, por meio da gestão nacional do órgão, do Ministério do Trabalho e Previdência Social e do Ministério da Economia”, afirmou Júlio César. 

Acompanhe as redes sociais do SINDIPREV/SE e fique por dentro da programação completa da sexta-feira cultural no dia 22/4.