Em contraste com a realidade de trabalhadores/as de Sergipe, Fábio Mitidieri possui o salário mais alto do que todos os governadores do Brasil
A partir de dados referentes a maio/2024, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou o estado de Sergipe com o pior índice de geração de emprego do Nordeste.
No balanço entre admissões e desligamentos registrados no Brasil em maio, o resultado foi positivo com a geração de 131.811 novos postos de trabalho. De janeiro a maio de 2024, foram gerados 1.088.955 novos vínculos celetistas no Brasil. O que aponta para uma tendência nacional de ampliação de postos de trabalho com carteira assinada.
Já em Sergipe, 10.169 trabalhadores foram admitidos em maio de 2024 e 9.446 foram demitidos, resultando 723 novos empregos, o menor saldo de geração de emprego do Nordeste. No mesmo período, os vizinhos Alagoas e Bahia geraram respectivamente 2.224 e 8.785 novos empregos.
Enquanto o salário médio nacional de admissão é de R$ 2.132,64, e o salário médio de admissão no Nordeste é R$ 1.812,44, o valor do salário médio de admissão em Sergipe é de R$ 1.722,43, um dos mais baixos do Brasil.
Numa reportagem do site UOL sobre salários de governadores, consta o salário de Fábio Mitidieri, com ordenado de R$ 44.008,52, sendo o governador mais bem pago do Brasil.
Um contraste injusto quando o salário de Fábio Mitidieri é comparado com o salário médio de trabalhadoras e trabalhadores de Sergipe.
Vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Caroline Rejane Santos observou que a realidade salarial dos servidores públicos da Administração Geral de Sergipe condiz com a constatação de baixos salários verificados através do Caged.
“O salário dos servidores públicos da Administração Geral seguem defasados devido aos 10 anos de arrocho salarial compreendido entre os anos de 2012 até 2022. Uma política de valorização dos servidores e de geração de emprego em Sergipe se faz urgente para mudarmos este cenário revelado pelo Caged”, alertou Caroline Rejane Santos.