Servidores administrativos da Saúde não podem ficar sem receber gratificações
Publicado: 23 Outubro, 2020 - 16h14 | Última modificação: 04 Dezembro, 2020 - 07h21
Escrito por: CUT/SE
O projeto de lei que trata do retorno das gratificações do retorno do pagamento da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho (Criticidade) e da Gratificação de Metas Qualitativas e Quantitativas já encaminhado para Assembleia Legislativa foi aprovado hoje, 22, mas deixou de fora os servidores da Saúde que trabalham no setor administrativo.
Para a CUT Sergipe deixar os servidores que estão no administrativo sem ambas as gratificações é muito grave, pois antes da suspensão do pagamento feita pelo Tribunal de Contas, essa parcela de trabalhadores e trabalhadoras tinham direito e agora ao serem excluídos do projeto ficarão em situação ainda mais difícil.
“Isso é bastante grave, os servidores da Saúde sejam eles do setor administrativo ou não estão se empenhando muito nesse cenário de combate a pandemia, preterir uma parcela destes servidores é grave, pois a redução de salários deixará estes trabalhadores e trabalhadoras ainda mais fragilizados, por isso os sindicatos da Saúde e a CUT Sergipe irá continuar cobrando”, afirma o presidente da CUT Sergipe, Roberto Silva dos Santos.
Anselmo Menezes, dirigente do Sindasse (Assistentes Sociais) lembra que os servidores administrativos da Saúde, a exemplo dos demais sofrem com arrocho salarial, pois há 8 anos estão sem reajuste.
“Perder essas gratificações fará com que os já desvalorizados trabalhadores ficaram mais desvalorizados e de fora na divisão desses recursos e como a inflação é maior para eles, se agravará ainda mais com a perda de parte dos seus já minguados salários”, disse.
Os sindicatos cutistas enfatizam que é fundamental a inclusão destes servidores, pois eles já recebiam as gratificações antes da suspensão solicitada pelo Tribunal de Contas de Sergipe.
O envio do projeto de lei é fruto da pressão e luta dos sindicatos para que o governo Belivaldo Chagas não deixe os trabalhadores ainda mais empobrecidos. No último dia 15, os sindicatos SINTELAB (Técnicos e Auxiliares de Laboratório), SINTRAFA (Fisioterapeutas), SINDIFARMA (Farmacêuticos), SINTASA - (Trabalhadores da Saúde), SINDIMED (Médicos), SINDINUTRISE (Nutricionistas e Tec. de Nutrição), SINPSI (Psicólogos), SINDIPREV/SE (Previdenciários) e SINDASSE (Assistentes Sociais) enviaram ofício cobrando o envio do projeto, os sindicatos cobraram que todos os servidores fossem contemplados com ambas as gratificações, pois não haveria ampliação de despesas, pois os servidores administrativos já recebiam as gratificações.
“O serviço de Saúde não é feito apenas por aqueles que estão no pronto atendimento, mas por todos e por isso compreendemos que os servidores administrativos também têm direito à ambas gratificações”, finaliza Anselmo.