SEXTA: ‘Caos no INSS, filas! A Culpa é do governo e não do Trabalhador’
Vai ter ato unificado em Aracaju contra o Governo Bolsonaro e em defesa dos trabalhadores do INSS na manhã desta sexta-feira (14/2) na agência do INSS da Av. Ivo do Prado
Publicado: 13 Fevereiro, 2020 - 14h21 | Última modificação: 13 Fevereiro, 2020 - 14h29
Escrito por: Iracema Corso
‘Caos no INSS, filas! A Culpa é do governo e não do Trabalhador’ é o mote do Ato Unificado de todas as Centrais e Movimentos Populares em defesa do INSS.
Trabalhadores do INSS de todo o Brasil levantam em protesto contra o governo Bolsonaro na manhã desta sexta-feira (dia 14/2). Aqui em Aracaju, às 7h da manhã, o protesto acontece na Avenida Ivo do Prado, em frente à Agência do INSS e vai contar com o apoio e participação de vários sindicatos e trabalhadores.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Roberto Silva, convida todos os sindicalistas de Sergipe e a população em geral a participar do protesto em defesa do INSS. “O Governo Bolsonaro massacra os trabalhadores do INSS. Não tem investimento no setor, não faz concurso público, aposta no caos. O trabalhador do INSS é muito importante, é quem lida diretamente com nossos direitos securitários, previdenciários e trabalhistas, por isso a CUT orienta que todas as trabalhadoras, os trabalhadores que puderem participar deste protesto marquem presença, tragam seus familiares, expressem seu apoio aos servidores do INSS, pois a luta é dura e precisamos de todos”, resumiu.
Presidente da CUT/SE, Roberto Silva destacou que a realidade dos trabalhadores do INSS em Sergipe é ainda pior do que o contesto nacional. “É urgente que tenhamos melhorias no atendimento à população. A nossa necessidade é gritante. No Estado de Sergipe, por exemplo, estamos sem funcionários, sem médico legista, isso inviabiliza o trabalho da perícia que é necessária para a concessão do benefício”.
No site do SINDIPREV/SE (Sindicato dos Trabalhadores Previdenciários), o Coordenador Geral Antônio Joaquim publicou uma convocação alertando que a luta é nas ruas. “Nós, servidores públicos, estamos sendo vítimas da agressão e ódio de um Governo que deveria, por princípios e ética, nos dar as condições de executar, com dignidade, nossas atividades”, denunciou.
No site, Joaquim explicou o embate com o Governo Federal que, em todas as suas atitudes oprime, reduz direitos e reduz remuneração dos servidores públicos.
“O Governo Bolsonaro já nos chamou de PARASITAS e propõe uma redução de GDASS, através do sistema de Metas e 25% via Reforma Administrativa, nos comparando a PARASITAS da Máquina Pública. Não existe discussão de estrutura ou carreira, mas de nos jogar na Carreira Única do Serviço Público, Carreirão, nos privando de um futuro dentro do Setor. Ao invés de aceitar nossas propostas, o Governo clama a intervenção militar no Setor Público com a finalidade de mostrar a toda sociedade que realmente somos os PARASITAS. Não podemos ficar inertes a tudo isso. A luta não é semipresencial. A conquista é nas ruas”, afirmou o Coordenador Geral do Sindiprev/Se.
Trabalhadores do Dataprev em defesa do INSS
Todos os 20 trabalhadores do Dataprev em Sergipe vão participar do protesto. Os servidores concursados lutam em defesa do emprego, pois desde janeiro/2020 o governo Bolsonaro tenta desmontar 20 escritórios do Dataprev de todo o Brasil, entre eles, o de Sergipe.
Presidente do SINDTIC/SE (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação), Jairo de Jesus também é secretário da CUT/SE e explica a semelhança do trabalho dos servidores da Dataprev e do INSS. “A gente conhece boa parte do serviço do INSS, portanto acredito que ceder os servidores da Dataprev para o INSS será uma medida inteligente. Boa para os servidores e para o Brasil”, resumiu.
Elder Vinícius Lins Duarte, Engenheiro de Segurança na Dataprev há 7 anos, é um dos 20 trabalhadores que têm tomado remédios para dormir desde que o governo federal tenta demiti-lo. “Fica aquela angustia, aquele sentimento ruim. A gente quer trabalhar, quer que tudo se resolva. Queremos produzir, ajudar a nação. A nossa demissão foi suspensa graças à luta do nosso sindicato e agora lutamos para que sejamos cedidos para outras empresas. Podemos ser cedidos para o INSS e atuar na redução das filas. Existem mais de 1 milhão e 300 mil benefícios represados. Estamos dispostos a trabalhar e ajudar o trabalhador brasileiro da melhor forma”.
Segundo Elder, outro motivo de participar do protesto amanhã é a necessidade de divulgar a luta dos trabalhadores da Dataprev. “Queremos mostrar a Dataprev para os cidadãos brasileiros, muita gente não conhece a nossa empresa, que tem grande proximidade de atuação com os trabalhadores do INSS, administramos dados da previdência. Vamos denunciar o desmonte do estado brasileiro que massacra os servidores públicos e prejudica a população”.