Sindasse distribui protetores faciais aos assistentes sociais
Sindicato também denuncia ao MPT e MPF irregularidades na oferta de equipamentos de proteção e a inexistência de treinamentos, por parte das gestões públicas.
Publicado: 20 Abril, 2020 - 11h38 | Última modificação: 20 Abril, 2020 - 12h01
Escrito por: Sindasse
O Sindicado dos Assistentes Sociais de Sergipe (Sindasse) adquiriu 100 protetores faciais com dupla proteção e distribuiu aos seus filiados em mais de uma centena de equipamentos públicos de Saúde e Assistência Social de Aracaju e do interior do estado.
O sindicato realizou um levantamento sobre as condições de trabalho dos assistentes sociais que estão participando do Plano de Enfrentamento da Covid-19 em vários espaços sociocupacionais em Sergipe e constatou a oferta irregular de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), bem como a inexistência de treinamentos para paramentação e desparamentação dos profissionais no atendimento aos pacientes.
Além de notificação desses dados aos respectivos empregadores e aos Ministérios Públicos do Trabalho e Federal, o Sindasse também adquiriu protetores faciais com dupla barreira, de acrílico e acetato, e está distribuindo com os profissionais sindicalizados. Este EPI não substitui os equipamentos obrigatórios que permanecem sendo responsabilidade dos gestores, mas complementa.
Segundo o coordenador do Sindasse, Anselmo Menezes, "Essa iniciativa, além de aquecer o comércio local que também padece com a retração econômica, reduziu significativamente os riscos de infecção da categoria. No entanto, a pandemia impôs um cenário novo para humanização da assistência à saúde, já que as pessoas ficam isoladas, sem direito a acompanhante e separadas pelas paredes geladas do ambiente hospitalar. Se morrerem, os rituais religiosos não existem e o risco de sofrimento mental se agrava. Para aplacar isto, o Serviço Social de diversos hospitais do país tem realizado televisitas, conectando, sempre que possível, usuários e familiares por videochamadas. Mas aqui, não tem havido interesse em disponibilizar tablets institucionais para os assistentes sociais coordenarem esta linha de cuidado", lamenta.
A entidade sindical também destaca que, de acordo com o Ministério da Saúde, treze profissões de formação universitária são reconhecidas como profissionais da Saúde. E no caso dos assistentes sociais, a importância do trabalho está centrada principalmente na assistência a familiares e toda rede de apoio dos usuários suspeitos ou diagnosticados com a Covid-19. O trabalho do assistente social também ganha relevo na assistência a grupos socialmente vulneráveis como pessoas em situação de rua, vivendo em instituições de longa permanência, população carcerária, adolescentes em privação de liberdade, com transtornos mentais severos, pessoas que fazem uso de droga e usuários que vivem com IST's, HIV/AIDS.