Escrito por: Iracema Corso

Sindicatos cobram da Sead reajuste de 34,4% para todos

A Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe) e a CTB (Central das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Brasil) enviaram um ofício para todos os deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Sergipe na manhã da terça-feira, dia 8 de março, informando sobre a necessidade de concessão do reajuste salarial de 34,4% para todos os trabalhadores do Governo de Sergipe e revelando as desigualdades salariais possivelmente provocadas caso apenas parcela destes trabalhadores tenham direito ao reajuste.

Na manhã desta segunda-feira, dia 7 de março, sindicatos que representam trabalhadores do Governo de Sergipe participaram de uma audiência com o secretário de Administração (Sead) Manuel Dernival Santos para discutir o real alcance do reajuste de 34,4% e a possibilidade de que este reajuste se estenda para todos os trabalhadores do Governo.

Na reunião, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas e técnicos em nutrição, farmacêuticos, Sinditic, Sinter, CUT, CTB, enfermeiros, fisioterapeutas e trabalhadores da saúde apresentaram as desigualdades na remuneração recebida por trabalhadores da mesma categoria, com mesma formação e que muitas vezes atuam no mesmo local de trabalho.

De acordo com os respectivos sindicatos, os assistentes sociais terão uma diferença salarial de mais de 22,5%; para os farmacêuticos, a desigualdade será de 27,58% até 40,44%; para nutricionistas a diferença salarial será de 11,84%, enquanto que aos técnicos em nutrição, a desigualdade salarial alcançará a marca dos 46,22%. Outras categorias que participaram da reunião como enfermeiros, trabalhadores da saúde, de tecnologia da informação, trabalhadores da extensão rural também destacaram o aumento da desigualdade salarial.

Na avaliação de Anselmo Menezes (SINDASSE), a reunião foi importante apesar do secretário Manuel Dernival ter afirmado que não há a menor possibilidade de estender o reajuste de 34,4% para todos os trabalhadores do Governo.

“Em relação aos empregados públicos das fundações de saúde, a Secretaria de Administração, através do seu RH e junto ao setor de RH das Fundações já iniciaram um diálogo e darão continuidade a um estudo para saber o que pode ser revisto em relação às possíveis distorções criadas entre os estatutários que receberão os 34% e os que vão receber só o reajuste linear de 5%. Ficou em aberto essa discussão com previsão de uma nova discussão ainda nesta semana”, revelou Anselmo Meneses, dirigente do SINDASSE.