Trabalhadoras e trabalhadores unidos dialogaram com os vereadores de Aracaju e conquistaram a aprovação da Emenda Nº 3 ao projeto de lei Nº 101/2022, assegurando pelo menos o reajuste de 5% para servidores da administração geral. A conquista ocorreu na sessão plenária da Câmara de Aracaju desta terça-feira, dia 10 de maio, marcada pelo protesto do Sindipema, Sindasse, Sinpsi, Sints, Sepuma e CUT. Após 6 anos sem qualquer recomposição salarial, o índice de 5% não cobre sequer a inflação do período. Mas diante do empobrecimento dos servidores e da carestia dos alimentos, combustíveis, gás de cozinha, energia, entre outros, amargar mais um ano de 0% de reajuste é inviável para qualquer categoria de trabalhadores. Dirigentes sindicais ocuparam a tribuna da Câmara de Vereadores para explicar o trabalho dos assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais que lidam com um público de alta complexidade: moradores de rua e população em situação de vulnerabilidade social. Tais trabalhadores, assim como os servidores da Administração Geral cobraram mais respeito por parte da Prefeitura de Aracaju que os excluiu do reajuste linear de 5%.
Coordenador Geral do Sindasse, Ygor Machado cobrou o cumprimento da lei 4.769/2016 que institui a revisão da tabela salarial da administração geral. O sindicalista explicou que a tabela foi dividida em 2 etapas: a tabela de 2016 e a de 2017. Edvaldo Nogueira só estava reconhecendo a tabela de 2016. "Mais de 2 mil e 500 trabalhadores serão beneficiados pela conquista da aprovação desta emenda. No discurso da Câmara de Vereadores de Aracaju fiz referência ao vereador Bittencourt porque ele já foi Secretário da Assistência Social do Município e conhece a realidade dos trabalhadores do SUAS, mas infelizmente votou contra a emenda. Agradecemos às vereadoras e aos vereadores que nos apoiaram nesta luta", declarou Ygor. A Emenda Nº 3 ao projeto de lei Nº 101/2022 é de autoria do vereador Isac (PDT). Confira na foto desta matéria o nome de todos os vereadores que votaram a favor e também os que votaram contra a emenda.
O Sindasse denuncia a diminuição da remuneração de todos os servidores da Prefeitura de Aracaju que trabalham com a população em situação de rua através do corte dos 20% de insalubridade, o que representa uma diminuição de R$ 700 no salário destes profissionais. Uma luta que vai continuar. Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT/SE e assistente social, Itanamara Guedes levou o apoio da central ao protesto. "A CUT participa do Fórum dos Trabalhadores do SUAS do Estado e de Aracaju. Ao longo dos últimos anos, a luta tem se dado pela implementação da mesa de negociação do SUAS. Não temos tido muito avanço neste debate. Após 6 anos, Edvaldo mandou este projeto de lei sem dialogar com os sindicatos, excluindo estes trabalhadores e concedendo um índice que não recupera as perdas dos últimos 6 anos". A dirigente da CUT destacou que mesmo durante a pandemia da Covid, os trabalhadores do SUAS estiveram na linha de frente no atendimento à população mais carente num momento em que a pobreza, o desemprego e vulnerabilidade social aumentaram em Sergipe e em Aracaju.
