Escrito por: CUT Sergipe

Sindicatos e movimentos sociais de Sergipe pedem: cessar Fogo na Palestina

Uma manifestação pelo cessar fogo na Faixa de Gaza (Palestina) reuniu mais de 100 organizações do movimento sindical e dos movimentos sociais no fim da tarde e noite da sexta-feira, dia 3 de novembro, em frente à sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT/Sergipe).

A noite foi marcada por discursos de apoio ao povo palestino e apresentação cultural de Patrícia Luz, RD Bal@ Hip Hop, Milene Sereia, Shing, Maísa, Gelba e Budapeste, Mono Demo, Soma MC, Menino de Rua do Coletivo Arte Cultural do Mops, Coletivo de Rua Aberto, Axé Kizomba, Roda de Juventude e Cultura de Periferia (Consciência Negra).



A palestina Hyatt Omar participou do protesto através de vídeo chamada e agradeceu a solidariedade do movimento sindical e dos movimentos sociais de Sergipe na luta pelo direito à liberdade e à sobrevivência do povo palestino. A manifestação contou com o relato do Sheikh Ahmad Bilal e com a presença das comunidades muçulmanas de Itabaianinha e Aracaju.



Nos primeiros dias do conflito, a direção nacional da CUT divulgou uma nota pedindo o cessar fogo imediato, acesse o link e confira. Outros protestos ao longo do Brasil e em outras cidades do mundo aconteceram no sábado, dia 4 de novembro, data instituída como o Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino.

Em Aracaju, no dia 20/10, os professores Ahmed Zogbi do CEAI/UFS e Geraldo Campos, professor do Departamento de Relações Internacionais (DRI/UFS) aprofundaram o debate sobre ‘A Situação da Palestina’, em atividade organizada pelas centrais sindicais e movimento religioso católico, na Paróquia São Pedro Pescador.

Com o crescimento da mobilização em Sergipe pela paz na Palestina, foi construído o ‘Ato Político Cultural Palestina Livre!’. A atividade inseriu Aracaju entre as cidades do mundo que organizaram manifestações pelo fim do bombardeio à população civil que vive na Faixa de Gaza.



Durante a manifestação da última sexta-feira, na porta da CUT Sergipe, as organizações do movimento social e do movimento sindical de Sergipe leram o manifesto escrito coletivamente CARTA AO GOVERNO BRASILEIRO: MANIFESTO DAS ORGANIZAÇÕES E COLETIVOS SERGIPANOS NA LUTA CONTRA O GENOCÍDIO AO POVO PALESTINO (Acesse o link para inserir a assinatura de sua organização em apoio ao manifesto).

CARTA AO GOVERNO BRASILEIRO: MANIFESTO DAS ORGANIZAÇÕES E COLETIVOS SERGIPANOS NA LUTA CONTRA O GENOCÍDIO AO POVO PALESTINO

O mundo está testemunhando um dos momentos mais trágicos do século, com a escalada do genocídio do povo palestino praticado pelo Estado de Israel na Faixa de Gaza.

O massacre contra o Povo Palestino só no último mês foi responsável pela morte de mais de 3500 crianças.
Portanto, diante dos crimes contra a humanidade cometidos por Israel, nos somamos às milhões de vozes que expressam a solidariedade internacional efetiva com o povo palestino, afirmando seu direito à vida, à liberdade, à terra e à dignidade. Silenciar-se, neste momento, implica a intolerável cumplicidade com o extermínio de um povo. Permaneceremos em estado de luta e mobilização em busca de justiça para o povo palestino, sempre sensíveis aos chamados da população civil que vive sob ocupação e risco de extermínio.

O movimento negro e demais movimentos sociais, por sentirem na pele a minimização historiográfica da vigência da escravidão e por saberem que foram submetidos à colonização por meio de um processo contínuo de racismo e de genocídio, expressam sua profunda solidariedade com a luta pela libertação do povo da Palestina.

No dia 25 de outubro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o que está em curso na Palestina não é uma guerra, mas um genocídio que já matou milhares de crianças. Cobramos do governo brasileiro uma postura assertiva e coerente diante da constatação desse genocídio. Trata-se de reivindicar uma posição que condene as ações de extermínio em curso na Faixa da Gaza e não poupe esforços para um imediato cessar-fogo.

Diante da falência do sistema internacional, do apoio, cumplicidade e conivência dos Estados Unidos e da União Europeia, apelamos às autoridades para que o governo brasileiro:

a) sinalize de maneira enfática que não estamos dispostos a compactuar com o crime contra a humanidade em perpetuação na Faixa de Gaza; nem com a sua extensão, já em curso, para toda a Cisjordânia;
b) se una a todos os países que estejam dispostos a sustentar a lei internacional de maneira clara e consequente na Palestina;
c) revogue imediatamente todos os acordos militares e de segurança já firmados com o Estado de Israel;
d) apoie a reativação do Comitê da ONU contra o crime de apartheid, para que ele possa averiguar e encaminhar para julgamento o caso atualmente em curso no território da Palestina histórica.

Aproveitamos para convocar a população sergipana para construir conosco na tarde do dia 18 novembro a grande Marcha da Consciência Negra e Jornada Mundial dos Pobres, que sairá da Catedral Metropolitana de Aracaju.