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Sindicatos reivindicam cancelamento da privatização de áreas essenciais

“Diante do Coronavírus, venda da Eletrobrás pode gerar apagão catastrófico no Brasil.”, afirma Sérgio Alves, presidente do SINERGIA.

Publicado: 09 Abril, 2020 - 03h18 | Última modificação: 09 Abril, 2020 - 06h08

Escrito por: Iracema Corso

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Atendendo a uma reivindicação do movimento sindical em tempos de pandemia internacional do Coronavírus (COVID-19), a decisão do Governo de Sergipe de cancelar o edital para a terceirização do SAMU e do Hospital e Maternidade Regional de Glória foi acertada. Mais do que nunca a saúde pública revela a sua importância e, não só a saúde pública, mas serviços públicos essenciais de forma geral.

Desta forma, o Sindicato dos Trabalhadores Eletricitários de Sergipe (SINERGIA), que representa os trabalhadores da Chesf, vem lutando para mostrar a importância do serviço público para a manutenção, geração e transmissão de energia no Brasil. Uma luta que se estende há mais de um ano com o apoio da FNU (Federação Nacional dos Eletricitários) e o CNE (Comando Nacional dos Eletricitários) através de campanhas, manifestações, audiências públicas e fazendo a visita aos senadores e deputados federais para buscar apoio nesta luta.

Neste momento em que a população, com freqüência, lava as mãos com água e sabão para se prevenir contra o Coronavírus, o movimento sindical aproveita para informar que o tratamento e distribuição de água para as residências de forma regular depende da energia elétrica. “O Governo Bolsonaro e principalmente o ministro Paulo Guedes tentam de todas as maneiras aprovar o seu projeto criminoso de venda da Eletrobrás na Câmara Federal.

Os sindicatos continuam mostrando que a privatização é um retrocesso, principalmente nos setores de água, energia, saúde, Correios, entre outros serviços essenciais para a soberania nacional e para a vida dos brasileiros”, afirmou Sérgio Alves, presidente do SINERGIA.

Segundo o presidente do SINERGIA, em tempos de pandemia internacional, é preciso alertar a população que o Brasil possui um parque elétrico construído há mais de 70 anos. “São profissionais altamente capacitados, conhecedores das particularidades complexas do nosso sistema elétrico, que é um dos melhores do mundo. Com a venda para empresas estrangeiras que desconhecem o nosso sistema, podemos sofrer um apagão nas nossas linhas de transmissão conduzindo o nosso país ao caos. Este seria o pior momento para a conclusão dessa catástrofe”, observou.

De acordo com o dirigente sindical, o governo mostra que está na contramão do mundo que mantém seus serviços estratégicos sob o poder do Estado. “Neste momento em que enfrentamos o Coronavírus, fica mais do que comprovado que só o Estado tem o poder para controlar serviços essenciais, assim como a obrigação de atender aos mais necessitados”.