Escrito por: SINDIJOR
Nota Pública
O anúncio do Governo do Estado de que vai demitir quase uma centena de jornalistas causa indignação e repúdio ao Sindicato dos Jornalistas do Estado de Sergipe (SINDIJOR-SE), entidade que representa os Jornalistas e o Jornalismo em Sergipe.
A justificativa é a reformulação da Comunicação e o corte de gastos, mas as informações dão conta de que a "economia" que será feita com os profissionais da comunicação demitidos não chegará a R$ 100 mil mensais. Essa informação também nos causa repúdio, pois deixa flagrante o quão mal pagos são os jornalistas que prestam serviços a Comunicação. E também abre precedentes para o quão precarizados estarão os jornalistas que continuarem no Estado.
Belivaldo Chagas que assumiu o governo em abril deste ano e foi eleito para um mandato de quatro anos mostra um total descompromisso não somente com os jornalistas, mas também com a comunicação pública, pois como será efetivado um dos princípios básicos da administração pública - a publicidade - se não há profissionais para fazê-lo a contento.
O atual e novo governo reafirma que não considera a comunicação como uma das bases para o Estado, pois ao invés de buscar alternativas para a realização de um concurso público para que haja uma carreira para jornalistas, demite, causando ainda mais prejuízos para esta atividade profissional.
Se as informações forem concretizadas, a sociedade sergipana pode ficar privada de receber as informações necessárias para o exercício da cidadania. Informação pública de qualidade não é uma ação voluntária da administração, mas uma obrigação, uma exigência, e essa tarefa deve ser realizada por jornalistas profissionais.
Com a extinção dos cargos e das Assessorias de Imprensa e Comunicação na maioria das Secretarias de Estado, Sergipe vai retroceder a antes de 1988, quando da promulgação da Constituição Federal. Cada dia e cada vez mais a sociedade brasileira exige informação, transparência e atendimento da administração pública.
O SINDIJOR solicita que o governador Belivaldo Chagas reconsidere essa decisão e não contribua para precarizar ainda mais o mercado da comunicação em Sergipe.