SINDMUSE luta contra a exclusão de artistas de SE da programação do Forró Caju 2025
Publicado: 15 Maio, 2025 - 16h30 | Última modificação: 15 Maio, 2025 - 16h46
Escrito por: Iracema Corso

Para denunciar a redução de artistas sergipanos na programação do Forró Caju 2025, o Sindicato dos Músicos Profissionais de Sergipe (SINDMUSE), filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT-SE), está denunciando na mídia sergipana que houve uma redução de mais de 50% de artistas sergipanos na programação do Forró Caju em relação ao ano passado.
“Estamos indignados e insatisfeitos com a programação do Forró Caju 2025. Este é um evento que costuma contratar cerca de 280 artistas sergipanos e neste ano apenas 130 artistas sergipanos foram contratados. A programação deixou de fora artistas sergipanos de renome como Antônio Rogério, Chico Queiroga e vários outros. Sobre a contratação de músicos de Sergipe no Forró Caju, a prefeita está fazendo propaganda enganosa. E propaganda não enche barriga”, declarou Tonico Saraiva.
O presidente do sindicato ressaltou que, desde o início desta gestão, a Funcaju já passou por muitas turbulências.
“Não houve o tradicional Projeto Fest Verão, apesar haver orçamento de R$ 3.200.000 em caixa. No dia 04 de fevereiro, Sindmuse levou as reivindicações da categoria e a prefeita se comprometeu em contemplar os artistas de Aracaju no aniversário da cidade. Após 15 dias da reunião, a prefeita nos surpreendeu com uma programação milionária com 15 atracões nacionais levando os milhões dos músicos de Aracaju, dando prejuízo aos nossos trabalhadores da música e toda a cadeia produtiva local. O carnaval também foi ‘DESSE JEITO’”, criticou Tonico Saraiva.
O presidente do SINDMUSE questiona a incoerência entre o discurso da prefeita e a atuação da Funcaju. “Nos dá a impressão que a Fundação de Cultura Cidade de Aracaju-Funcaju não faz parte da Administração Municipal. A Constituição Federal diz que todo trabalhador brasileiro tem o direito de trabalhar em seu território. Queremos ressaltar que os músicos levaram as suas propostas em tempo hábil, portanto esta exclusão da programação não faz sentido”, argumentou o dirigente sindical.
“Na sua posse a prefeita se comprometeu com a população da cidade de Aracaju e assumiu plenos poderes de resolver ‘com uma canetada’ questões que só dependem de vontade política. A Funcaju não pode ser uma Secretaria independente da gestão municipal, mas uma secretaria que é subordinada, que faz parte da política executada pela Prefeitura de Aracaju”, acrescentou Tonico.