Escrito por: Luana Capistrano (SINTESE)
Após 37 ofícios enviados, mais uma vez, ao que apontam os fatos, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), não se mostra disposto a reabrir a negociação com o SINTESE para tratar da pauta de reivindicação do magistério público da rede estadual.
Na última segunda-feira, dia 16, o presidente do SINTESE, professor Roberto Silva e a diretora do departamento de base estadual do Sindicato, professora Tânia Ivone, foram até a Seduc para saber em qual horário iria acontecer a audiência, prometida para aquela data, pelo secretário de estado da educação, Zezinho sobral, com o SINTESE. A data (16 de setembro) e a audiência foi marcada por meio de ofício enviado ao SINTESE pelo secretário Zezinho Sobral, no último dia 20 de agosto.
A audiência não aconteceu, no entanto, o presidente e a dirigente do SINTESE saíram da Seduc com a afirmativa de que um ofício seria enviado ao Sindicato, ainda naquele dia, contendo local, hora e data em que a audiência aconteceria.
A segunda-feira acabou, a terça passou, a quarta-feira seguiu, veio a quinta-feira, chegou a sexta-feira, mas ofício da Seduc não chegou junto com ela. Até agora nada foi marcado com o SINTESE.
Diante do silêncio, o SINTESE protocolou mais um ofício junto a Seduc no qual solicita que a Secretaria informe o dia, local e horário da audiência, conforme o que foi dito ao professor Roberto Silva que seria feito. Ofício do SINTESE foi protocolado pelo Egov com o número: 018001.49564/2024-9.
Dentro de todo este processo, é fundamental relembrar que, no dia 14 de dezembro de 2023, durante reunião extraordinária entre o SINTESE, o secretário de educação, Zezinho Sobral, e os deputados Luciano Bispo e Cristiano Cavalcante, o Governo se comprometeu em rediscutir as questões levantadas na pauta de reinvindicações do Magistério Estadual, a partir de fevereiro de 2024, conforme ata assinada pelo secretário de estado da educação e pelo presidente do SINTESE.
A falta de vontade, de disposição e a falácia de que há canal de negociação aberto com o SINTESE, se materializam nos 37 ofícios enviados por esta entidade sindical, ao longo de 2024, solicitando audiência com o governo do estado e seus representantes e até agora o nenhum processo efetivo de negociação aconteceu. Os ofícios foram enviados ao Governo do Estado de Sergipe, Sergipe Previdência, Secretaria de Administração, Secretaria de Educação, Diretoria Regionais, Departamento de Educação, Departamento de Recursos Humanos.
A ação do governo do estado é tida pelo presidente do SINTESE, professor Roberto Silva, como lamentável.
“Está tudo documentado, registrado, todos estes 37 ofícios foram protocolados, mas nenhum real processo de negociação, com estudos, apresentação de propostas, aconteceu, ao longo de todo este ano de 2024. Muito embora, no final de 2023, houve um compromisso por parte do secretário Zezinho Sobral de retomar as negociações com o SINTESE e que ficou apenas na promessa. É notória a falta de vontade, de comprometimento e o quanto o Governo de Sergipe falta com a verdade ao tentar convencer a população e o poder judiciário de que há negociação. Não há negociação, o que há é uma postura lamentável e de inverdades do governo do estado e da secretaria de estado da educação”, afirma o professor Roberto Silva.