SINTTEL puxa paralisação e protesto na porta da Alma Viva
Terça-feira será marcada por ato público e paralisação contra o assédio moral, pelo descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT2018/2019) e, principalmente, contra o pagamento irregular e indevido da PLR
Publicado: 06 Maio, 2019 - 15h54 | Última modificação: 06 Maio, 2019 - 16h00
Escrito por: Iracema Corso

A partir das 7h da manhã desta terça-feira, dia 7 de maio, o SINTTEL/SE (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Sergipe), filiado à CUT/SE (Central Única dos Trabalhadores), convoca os 4 mil trabalhadores da multinacional italiana do ramo de Call Center, Alma Viva, para ato público na porta da empresa em Aracaju.
A terça-feira será marcada por protesto e paralisação contra o assédio moral, pelo descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT2018/2019) e, principalmente, contra o pagamento irregular e indevido da PLR. Através de boletim eletrônico, o sindicato denunciou Pagamento da PLR (Participação dos Lucros e Rendimentos) inferior e que trabalhadores chegaram a receber R$ 0,20 de PLR, quando a Alma Viva é uma multinacional italiana do ramo de Call Center com Receita Líquida de quase R$1 bilhão (2018), o que corresponde a um aumento de 4,1% em relação a 2017.
O vice-presidente do SINTTEL, Roberto Delano, alertou que a falta de segurança no emprego, a ausência de um RH para informar o que for preciso ao sindicato e aos trabalhadores, além dos direitos dos trabalhadores que são descumpridos pela empresa sempre foram motivo de revolta. No entanto, o estopim foi o PLR pago este ano com valor muito baixo e de forma irregular. “A paralisação é de advertência, mas há disposição para greve. Caso a empresa não queira dialogar conosco e buscar uma solução, vamos construir uma greve mesmo”, avisou.
De acordo com o boletim eletrônico do SINTELL/SE, os trabalhadores estão revoltados por razões como: o não pagamento do vale alimentação nos 3 primeiros meses de contratação; o não pagamento do Abono Fidelidade a todos que completam 1 ano de trabalho; o valor do Plano de Saúde é descontado mensalmente, mas trabalhadores não estão sendo assistidos por falta de pagamento; há um ano não tem segurança coorporativa na empresa; assédio moral por parte dos supervisores; há troca de horário de trabalho de última hora, o que não é permitido; banco de horas pago fora do prazo, entre outros.