Escrito por: Iracema Corso
Reunião na Prefeitura não foi produtiva e a luta continua por reajuste linear unificado para os trabalhadores da saúde
Foram dois anos de pandemia da Covid-19 e 6 anos de arrocho salarial dos trabalhadores da saúde de Aracaju, o que já basta para explicar o clima tenso da reunião que aconteceu na sede da Prefeitura Municipal de Aracaju na manhã desta segunda-feira, dia 21 de março, para tratar da pauta única: reajuste linear unificado para os trabalhadores da saúde.
Os sindicatos presentes na reunião de hoje foram o SINDASSE (Assistentes Sociais), SINDINUTRISE (Nutricionistas), SACEMA (Agentes Comunitários), SEESE (Enfermeiros), SINDIFARMA (Farmacêuticos), SINTASA (Trabalhadores da Saúde), SINDIMED (Médicos), SINTRAFA (Fisioterapeutas) e SINTAMA (Técnico e Auxiliar de Enfermagem). No entanto, o Movimento Unificado da Saúde de Aracaju – TODOS PELO REAJUSTE SALARIAL que luta por recomposição salarial de 37,48% também é composto pelo SINPSI (Psicólogos) e SINODONTO (Odontólogos).
Na manhã desta terça-feira, dia 22 de março, haverá assembleia geral unificada dos trabalhadores da saúde de Aracaju com indicativo de greve, horário: 7h30 (primeira chamada) e 8h (segunda chamada).
Dirigente da Central Única dos Trabalhadores e do SINDASSE (Assistentes Sociais), Rosely Anacleto avaliou que a reunião foi frustrante. “A reunião na realidade se mostrou bastante frustrante. A gestão se colocou na condição de uma espécie de ouvidoria, um ente disposto apenas a ouvir. Não apresentou nenhuma proposta. A memória dos cálculos que foi apresentada foi uma memória que na realidade não condiz com aquilo que a gente vinha pleiteando que é a recomposição inflacionária dos últimos 6 anos onde não tivemos nenhum tipo de avanço. No final das contas, a gente sai da mesa, com a mesma frustração que entramos. Sem nada de concreto”, detalhou Rosely.
Ainda nesta segunda-feira, a Administração Municipal vai sugerir uma nova data para dialogar sobre o reajuste linear unificado para os trabalhadores da saúde. Porém, de acordo com os representantes sindicais dos trabalhadores da saúde, a assembleia geral unificada na manhã da terça-feira, dia 22 de março, está mantida e serão os trabalhadores e trabalhadoras que vão definir os próximos passos da luta unificada por valorização salarial.