Trabalhadoras da saúde protestam na Prefeitura de Aracaju por valorização

Com salários rebaixados, profissionais da saúde da Prefeitura Municipal de Aracaju organizaram uma manifestação na quinta-feira, dia 31 de julho, na porta da Prefeitura.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT-SE) se fez presente no protesto em apoio à luta construída pelo SINDINUTRISE (Nutricionistas), SINPSI (Psicólogos), SINTRAFA (Fisioterapeutas), SINDIFARMA (Farmacêuticos), SINDFONOSE (Fonoaudiólogos) e Terapeutas Ocupacionais.

“As trabalhadoras, em sua maioria mulheres estão nos postos de trabalho, e vieram aqui para reivindicar seus direitos. Estamos aqui para lutar pelas trabalhadoras e trabalhadores da Prefeitura de Aracaju. Iniciamos esta campanha de valorização desses trabalhadores que atuam diretamente no cuidado da população", criticou Daiana Alves, presidenta do SINPSI.

A dirigente do SINDINUTRISE, Mychelyne Guerreiro, explicou para a mídia sergipana presente no protesto que a receita líquida da Prefeitura cresceu em 26,1%. Portanto, apesar do custo mensal com cargos comissionados totalizar em mais de R$ 125 milhões, a Prefeitura tem plenas condições de valorizar as 6 categorias de trabalhadores da saúde com apenas R$ 146 mil, conforme último estudo apresentado pelo Dieese.

"Existe viabilidade financeira, estamos aqui neste protesto para cobrar da prefeita Emília Corrêa a vontade política de agir em benefício destas carreiras técnicas da saúde, pagando salários mais compatíveis às qualificações exigidas", argumentou Mychelyne Guerreiro.

A luta sindical conquistou uma melhoria no diálogo com a Prefeitura de Aracaju por intermédio do secretário de Articulação Política, Fábio Uchôa, que no dia do protesto se reuniu com os Sindicatos.

As dirigentes sindicais informaram que vão lançar a Campanha de Valorização Salarial na Câmara de Vereadores de Aracaju e buscar o apoio dos vereadores nesta luta.

Um novo diálogo com a categoria será realizado na assembleia unificada online, marcada para a noite do dia 8 de agosto.