Escrito por: Iracema Corso
Com adesão total dos trabalhadores da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) em Sergipe, a manhã desta terça-feira, dia 24 de setembro, foi de luta acirrada em Aracaju por recomposição salarial já.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) apoia a luta dos trabalhadores da Codevasf por recomposição salarial e melhorias na atuação da empresa.
De acordo com Jorge Menezes Vidal, dirigente do SINPAF (Codevasf-Aracaju), todas as superintendências da Codevasf no Brasil paralisaram por valorização e recomposição salarial.
Durante o governo Bolsonaro, a categoria amargou congelamento salarial, o que provocou uma perda do poder de compra dos trabalhadores da Codevasf em todo o Brasil.
Segundo Jorge Menezes Vidal a proposta de reajuste de menos de 3% não é aceitável, pois até o reajuste do plano de saúde que os trabalhadores pagam aumentou em 7,68% e a categoria não pode seguir acumulando prejuízos.
“Esperamos que o Governo Lula se sensibilize com a nossa situação, pois uma proposta de 2,58%, que não contempla nem a inflação do período, não pode ser aceita de forma nenhuma. A Codevasf ainda querer impor a reposição restrita apenas ao índice de INPC para o ano que vem, novamente sem nenhum aumento real, é uma proposta inaceitável”, destacou Jorge Vidal.
Por Mudanças na Codevasf
Trabalhadoras e trabalhadores informam que a luta também é por mudanças na atuação da Codevasf, cujo objetivo fim é o desenvolvimento regional.
Por não atuar exclusivamente conforme sua finalidade, a Codevasf tem descuidado do que lhe é essencial. De acordo com o dirigente sindical do SINPAF, aconteceu neste ano falta de energia nos perímetros irrigados do Baixo São Francisco por falta de pagamento.
“Tem milhões sendo movimentados através das emendas e para o essencial está faltando recurso. Isso não está certo. A Codevasf tem que ter orçamento próprio e atuar no que lhe é essencial. Estamos vendo essas mudanças climáticas que estão arrasando tudo. A Codevasf poderia atuar na revitalização das Bacias do Rio São Francisco e nós temos competência pra isto. Tá faltando este rumo na empresa e a sociedade necessita do nosso trabalho”, declarou Jorge Vidal.
Além de Aracaju e da sede da Codevasf em Brasília, trabalhadores das Superintendências da Codevasf cruzaram os braços em Montes Claros, Bom Jesus da Lapa, Alagoas, Juazeiro, Petrolina, Teresina, São Luiz, Goiânia, Palmas, Macapá, Natal, João Pessoa, Fortaleza, Recife e Belo Horizonte.