Escrito por: Iracema Corso
Mulheres pescadoras, marisqueiras e famílias ribeirinhas têm uma conquista importante pra comemorar. Desde de janeiro de 2024, estas mulheres alcançaram o direito de continuar recebendo o Auxílio do Bolsa Família mesmo durante o período do Seguro Defeso que acontece nos meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro.
Em 2023, associações de mulheres ribeirinhas do Baixo São Francisco procuraram a CUT/Sergipe (Central Única dos Trabalhadores) porque estavam com dificuldade de receber o Seguro Defeso e neste período também ficava cortado o Auxílio do Bolsa Família, resultando num cenário triste de fome massacrando suas famílias.
A CUT Sergipe se somou às demais CUTs do Nordeste e participou de reuniões em Brasília com o Ministério da Previdência, o Ministério do Trabalho, a Secretaria Geral da Casa Civil e, desde o ano passado os dirigentes sindicais receberam a resposta do Governo Federal de que esta realidade de fome durante o período do Defeso ia mudar logo no início de 2024.
Para tratar do assunto, a Secretária Nacional de Renda e Cidadania, Eliane Aquino, reuniu-se em Brasília com Manuel Pedro, Secretário de Juventude da CUT/SE, Caroline Rejane Santos, Vice Presidenta da CUT/SE, Quitéria Santos, diretora da CUT/SE e Roberto Silva, presidente da CUT Sergipe.
"É uma importante política do governo Lula manter o pagamento do Bolsa Família concomitantemente com o seguro defeso. Parabéns a todos que fazem o Ministério pelo empenho e por essa conquista das trabalhadoras, marisqueiras que vai beneficiar toda família ribeirinha com a assistência social que é de primeira necessidade", destacou Caroline Santos.
Maria Aparecida, presidenta da Associação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Ribeirinhas do Povoado Saramém, mais conhecida como Tia Cida, vinha abraçando esta luta pelo combate à fome na beira do São Francisco e já está colhendo o resultado desta luta.
Dirigente da CUT Sergipe, o professor Dudu também pediu o apoio do deputado federal João Daniel (PT) para resolver o problema que atingia comunidades ribeirinhas.
Associação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Ribeirinhas do Povoado Saramém, no município sergipano de Brejo Grande, é só um exemplo dentre tantas comunidades de pescadoras e marisqueiras que enfrentam risco de insegurança alimentar e já estão vendo a sua realidade transformada pela decisão política do Governo Federal de combater a fome e a insegurança alimentar da população brasileira que necessita do amparo da assistência social.
“Fizemos a queixa, fomos ouvidas e conseguimos. Graças a Deus, este ano não faltou o benefício, não faltou o Seguro Defeso. Todo mundo conseguiu tirar o Bolsa Família e o Seguro Defeso. Vamos seguir avançando. Todo mundo tá de parabéns. Na luta pelas mulheres da nossa associação, deu tudo certo”, declarou a Tia Cida.