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Representantes dos músicos e CUT discutem com governo amparo social para categoria

Publicado: 23 Abril, 2021 - 22h48 | Última modificação: 24 Abril, 2021 - 11h03

Escrito por: Iracema Corso

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Na luta por amparo aos músicos de Sergipe que estão sem poder trabalhar nesta pandemia, na quinta-feira, 22 de abril, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) e representantes do SINDMUSE (Sindicato dos Músicos de Sergipe) e OMB (Ordem dos Músicos Brasileiros) se reuniram com a Secretária de Inclusão Social Lucivanda Nunes Rodrigues e sua equipe para discutir sobre as solicitações feitas no fim de março ao Governo de Sergipe.

Durante a reunião, foi citada a validação de cerca de 1000 cadastros, mas, de acordo com o SINDMUSE, até a última quarta-feira, dia 21/4, foram enviados mais de 1.800 cadastros com o nome de músicos de Sergipe para receber cestas de alimento do Governo e auxílio emergencial no valor de R$ 1.000.

Presidente do SINDMUSE, Tonico Saraiva falou sobre a situação dos músicos. “Antes de baixar o decreto com o Toque de Recolher, o Governo Belivaldo precisaria ter uma proposta pronta para acolher os trabalhadores da noite. O músico que toca em barzinho em Sergipe está sofrendo muito por isso a relação dos músicos que levantamos, aqueles necessitados de cesta básica, foi tão grande. A nossa dor é grande, mas acreditamos que o Governo de Sergipe é capaz de nos socorrer”, pontuou.

Representante da OMB em Sergipe, Ton Ramos alertou para a urgência que o assunto demanda. “Esta realidade dos músicos em Sergipe é a mesma em todo território nacional. Em outros estados, a categoria foi amparada com mais rapidez. Aqui enviamos um oficio há mais de um mês e ainda não houve distribuição das cestas nem a confirmação de que os demais itens da nossa pauta serão atendidos. Temos uma cadeia produtiva da música que está sofrendo, precisamos de uma política efetiva”, afirmou.

Presidente da CUT Sergipe, Roberto Silva destacou que desde o ano passado os sindicatos somaram forças para fazer doações em prol dos músicos e foram arrecadados também junto à Campanha SOS Músicos mais de 13 toneladas de alimentos, distribuídos aos músicos de Sergipe. “Mas a solução precisa ser permanente. A música é uma atividade que gera aglomeração. E com a necropolítica genocida de Bolsonaro não temos previsão de quando vai acabar a pandemia”, afirmou Roberto.

A secretária Lucivanda Rodrigues explicou que só precisa ser vencida esta etapa de identificação dos profissionais da música. Ela afirmou que conseguiu arrecadar 100 cestas básicas doadas pela Prefeitura de Aracaju e acrescentou que a campanha SOLIDARIZE-SE vai arrecadar alimentos também para serem distribuídos entre os músicos de Sergipe.

Avaliando pela ótica da Assistência Social, a secretária sinalizou que muitos músicos se enquadram no perfil de vulnerabilidade social e, portanto, podem ser beneficiados através do cadastro único. “Para uma ação rápida, vamos avançar no Cadastro Único para atender aos mais necessitados. Temos um projeto MAIS INCLUSÃO que pode beneficiar este público. A depender do sucesso no cadastro deste público, vamos avançar nesta parceria com o sindicato e organizações para discutir a viabilidade do auxilio emergencial. Hoje estamos trabalhando com esta lista que nós recebemos e queremos dar conta do primeiro item da pauta de reivindicação que é a cesta básica para o músico que precisa”, afirmou.

A secretária afirmou que está buscando parcerias com prefeituras do interior do estado e já tem dotação orçamentária para iniciar a licitação e compra de cestas básicas para atender a esta finalidade. Lucivanda Rodrigues mencionou a possibilidade de agendar uma nova reunião com a Funcap para discutir estratégias e descobrir como é possível avançar para atender a este público específico que é profissional da música.