Escrito por: Iracema Corso
7h da manhã, vai ter protesto na porta da Prefeitura cobrando mais medidas de proteção contra a Covid-19
Na guerra contra a Covid-19, o dia 24 de março, próxima quarta-feira, será marcado por mobilização nacional em todos os estados brasileiros. As ações tomadas pelos poderes públicos em âmbito nacional, estadual e municipal não estão obtendo eficácia para minimizar a situação de contaminação descontrolada em todo o território nacional.
Em Aracaju, poucos manifestantes farão um protesto na porta da Prefeitura, às 7h da manhã, cobrando fiscalização e punição às empresas de ônibus que não resolveram o problema dos ônibus lotados.
Presidente da CUT/SE, Roberto Silva destacou que a superlotação das UTIs em Aracaju, assim como a falta de leitos são uma realidade que vem sendo negligenciada pelo Governo Belivaldo e o Prefeito Edvaldo Nogueira.
“A cidade não pode continuar funcionando normalmente nos horários comerciais como se nada estivesse acontecendo. Como se não estivéssemos enfrentando uma pandemia que já matou mais de 294 mil pessoas no Brasil. É inadmissível que continue havendo ônibus lotados com passageiros em pé. É dever da Prefeitura fiscalizar, pois o transporte é uma concessão pública”, afirmou Roberto.
Ações de Luta
No dia 5 de março, a CUT Sergipe enviou um ofício cobrando do Ministério Público do Trabalho uma ação em defesa dos trabalhadores que estão expostos ao risco de contaminação, pois dependem do transporte coletivo para ir trabalhar.
No começo do ano, durante o mês de janeiro, a CUT também organizou protestos nos terminais de ônibus de Aracaju para mostrar que os ônibus continuavam saindo lotados sem nenhum controle. O protesto exigia condições seguras em tempos de pandemia, ou seja, passageiros sentados, com máscara e o distanciamento mínimo exigido para evitar a contaminação.
Situação alarmante
No domingo, dia 21 de março, Sergipe registrou mais de 1.326 novos casos de Covid. Os números indicam que até o fim do mês, teremos a maior quantidade de mortes e contaminação por Covid em Sergipe, já registrados desde o início da pandemia.
Diante da situação alarmante, o governador Belivaldo cogita decretar o lockdown. Por isso neste momento, a CUT Sergipe divulga nas emissoras de rádio do Estado um alerta: “governador, complemente o auxílio emergencial para que não tenhamos em Sergipe uma tragédia social”.
“Não sabemos quando este auxílio anunciado por Bolsonaro será pago de verdade. Mas o governo federal divulgou que aproximadamente apenas metade das pessoas serão atendidas e o valor foi reduzido para algo entre R$175 e R$275, ou seja, não dá para sobreviver, ainda mais com o aumento no preço dos alimentos. Bolsonaro só pensa em congelar o salário dos servidores, privatizar o Brasil e massacrar quem trabalha. Vamos precisar de uma ação do governo estadual neste momento crítico da pandemia”, revelou Roberto.